O ano de 2020 começou com um alerta na área da saúde. Na China, mais precisamente na região de Wuhan, um novo vírus se espalhou rapidamente, fazendo mais de duas mil mortes e, em todo o mundo, até o momento, foram registrados 81.722 casos. O vírus, da família do Coronavírus e que ataca o sistema respiratório, fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar emergência internacional.
Em pouco tempo, o Covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus – chegou a outros países do ocidente. Infelizmente, o Brasil acaba de registrar o primeiro caso confirmado da doença. O paciente é um o homem de 61 anos que teve contato com 30 pessoas da família e com passageiros que estiveram próximos a ele no voo que fez quando retornou da Itália ao Brasil, com escala em Paris.
Todas as pessoas estão sendo monitoradas. O Ministério da Saúde do Brasil se pronunciou e, além do caso confirmado, outros 20 estão sendo monitorados. Apesar disso, o ministério diz que o país continua no terceiro e último nível de alerta. No momento, o Brasil está em fase de contenção para evitar que o agente infeccioso do Covid-19 avance em solo nacional.
Ora, sabemos que a saúde é uma das áreas mais afetadas pela ingerência pública em nosso país. Ao contrário da China, que levantou um hospital em seis dias para tratar vítimas de coronavírus, o Brasil ainda peca em oferecer tratamento digno para a população. Faltam leitos, e infraestrutura básica em muitas unidades de saúde, o atendimento é desumano e, na imprensa, diariamente assistimos indignados o drama de quem precisa de atendimento.
Preocupa-nos a estratégia para conter o avanço do novo coronavírus. O Ministério da Saúde já reconheceu que a doença dificilmente será contida no Brasil, mas que não há motivos para pânico. Em um país onde um minúsculo mosquito não consegue ser controlado e que já matou milhares com a dengue, adoeceu outras tantas com a febre Chikungunya e provocou a microcefalia em dezenas de bebês que, ainda no útero materno, foram contaminadas com o Zika vírus, o que esperar do plano de contingência do avanço de um coronavírus que é transmitido pelo ar e pelo contato pessoal?
Por isso, é impossível não entrar em pânico! A saúde é um grande gargalo que o Brasil precisa enfrentar com coragem. Ela é um direito constitucional, mas ele não é garantido por falta de gestão profissional. As faculdades de Medicina preparam os futuros médicos para realizarem diagnósticos, cirurgias e receitarem tratamentos e medicamentos. Contudo, não preparam esse profissional para a gestão financeira, o controle de estoque, a gestão patrimonial, o gerenciamento de recursos humanos, entre outros.
Mesmo assim, não raro vemos médicos ou outros profissionais da saúde em postos de gestão, seja em hospitais ou em secretarias de governos – federal, estaduais ou municipais. O próprio Ministério da Saúde instituiu, por meio do novo Plano Nacional de Atenção Básica, a figura do Gerente de Atenção Básica. Da forma como está hoje, esse cargo está aberto para qualquer profissional de nível superior.
É evidente que, sem o conhecimento de gestão, que é inerente aos profissionais de administração, mais cedo ou mais tarde a corda vai arrebentar. Quem paga o preço? A sociedade, é claro!
A saúde é um setor com imensa necessidade de gestão profissional. Ciente disso, o Conselho Federal de Administração instituiu a Comissão Especial de Estudos sobre a inserção dos profissionais de Administração na Política de Saúde, que vem trabalhando com afinco para profissionalizar a área e garantir que esse espaço seja ocupado por quem entende do assunto.
A Gestão em Saúde, tocada por profissionais capacitados e habilitados, contribuirá muito para a melhoria da gestão e evitar os problemas graves que a saúde enfrenta atualmente. Para provar isso, o CFA criou uma série focada no assunto. Em três episódios, buscamos desmistificar o Sistema Único de Saúde (SUS) como sendo de baixa qualidade.
Para provar o contrário, a série mostrou casos de sucesso que ilustram a potência do SUS quando bem gerenciado. Porém, os exemplos apresentados são raros no Brasil, eles são pontos fora da curva.
Mas são esses exemplos que devem ser seguidos. Não há dúvidas, portanto, de que a gestão eficiente é interessante para todos: para a sociedade, que receberá serviço público de qualidade, e para o governo, que economizará muito mais com o uso assertivo dos recursos.
Enquanto a verdadeira mudança na forma como a gestão em saúde é feita em nosso país não acontece, torcemos para que as autoridades encontrem uma solução eficaz e realista para o Covid-19. Para problemas tão complexos não existem soluções simples, mas com vontade política será possível achar a cura ampla e definitiva para o coronavírus e todos os males de saúde enfrentados pelo Brasil.
Adm. Mauro Kreuz é Presidente do Conselho Federal de Administração (CFA)
A possível pandemia e o desespero
O risco no Brasil se tornou iminente. Não só aqui, mas como no mundo, o medo da pandemia é uma realidade e esse fator afeta muitas áreas de um país. Aqui em já existem alguns casos suspeitos. E agora? Como podemos nos preparar? Uma saída ainda não convencional no Brasil, mas efetiva em outros países como os Estados Unidos, é a Telemedicina. É possível receber orientação médica online sem sair de casa. Para entendermos um pouco melhor como a Telemedicina poderia nos ajudar a enfrentar o Corona vírus, falamos com a Dra. Layla Almeida que faz parte da equipe de médicos especialistas da plataforma de Telemedicina Conexa Saúde. A Dra. Layla Almeida, infectologista e coordenadora médica da plataforma Conexa Saúde, explica como a telemedicina pode ajudar nesta questão.
As pessoas já estão desesperadas. Vemos na TV muitas dúvidas quanto aos sintomas e prevenção. As idas ao hospital com suspeitas podem elevar?
“Existe essa possibilidade, principalmente porque os sintomas são gerais e pelo total desconhecimento dos critérios epidemiológicos para definição de caso suspeito.”
Como a telemedicina pode ajudar as empresas e, consequentemente, as pessoas em casos de suspeita?
“O trabalho já pode começar dentro das empresas, com o advento do uso da teleorientação para esclarecimento de dúvidas sobre o diagnóstico da doença, e assim atingir uma grande massa. Questões gerais que depreendem um déficit de educação básica em saúde e prescindem idas desnecessárias ao hospital podem ser orientadas por nossos médicos. Como por exemplo, pessoas com sintomas respiratórios, mas que não estiveram na China e nem tiveram contato com alguém que esteve por lá não caracterizam suspeita de Coronavírus. Eventualmente precisem de um médico presencialmente, mas não por conta da epidemia chinesa.”
A importância da limpeza profissional na prevenção
As empresas de limpeza profissional estão sendo preparadas para apoiar a sociedade contra a proliferação dos casos de coronavírus, que ameaça vários países incluindo o Brasil.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Limpeza Profissional (Abralimp) reforça que limpeza e saúde são fatores indissociáveis. “A limpeza profissional pode ser uma importante barreira para esse grande desafio de conter a epidemia. Acredito que nosso mercado institucional de limpeza vai ter cada vez mais importância na saúde humana”, afirma o presidente da Abralimp, David James Drake.
Por isso, o presidente da Abralimp aponta que o mercado de limpeza profissional está preparado para utilizar produtos químicos que combatam qualquer tipo de germes, bactérias e vírus. A correta limpeza das superfícies previnem a contaminação por contato de objetos (mesas, maçanetas, telefones, computadores, elevadores e outros) em áreas de tráfego intenso de qualquer ambiente.
As equipes de limpeza também são treinadas a se proteger com o uso de equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para o processo de higienização. “A limpeza é o primeiro requisito para garantir a qualidade de vida de todos. Ela consiste em uma série de operações destinadas a tornar o ambiente adequado à vida das pessoas que ali vivem ou permanecem e incluem químicos, máquinas e procedimentos de limpeza”, ressalta Drake.
De forma geral, a principal maneira de transmissão dos coronavírus se dá por contato próximo de pessoa a pessoa. Esse contato pode ser físico ou a permanência no mesmo local que a pessoa doente. Assim, a população também tem papel importante, de seguir as orientações para a higienização correta das mãos e outros procedimentos que podem evitar a proliferação.
Dicas de prevenção
Confira as dicas selecionadas pela Abralimp, em caso de risco de contágio também no Brasil:
- Lave bem as mãos e com frequência. Pode ser utilizado álcool gel ou água e sabão. Para uma higienização correta das mãos, a Abralimp recomenda a escolha de sabonete com ação microbiana;
- A técnica certa de lavagem das mãos também inclui etapas como a lavagem do dorso das mãos, dedos e toda circunferência;
- Evite tocar os olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos;
- Higienizar adequadamente com maior frequência os locais e superfícies de trabalho, como mesas, aparelhos telefônicos, teclados, mouses, controles remotos;
- Ainda no trabalho, é importante realizar com frequência a limpeza de pontos de contato nos ambientes tais como: maçanetas, interruptores, botões etc;
- Realizar a limpeza com os EPIs adequados como luvas, óculos de proteção, sapatos fechados e máscaras quando necessário;
- Em locais com possibilidade de contágio, como hospitais com pacientes contaminados, o uso de máscara cirúrgica é fundamental;
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como garfos, facas ou copos;
- Evite contato próximo com pessoas que apresentam infecções respiratórias;
- Evite contato com animais que possam estar doentes;
- Caso apresente febre, tosse ou dificuldade de respirar, procure um médico e compartilhe com ele o seu histórico de viagens;
- Ao tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz;
- Mantenha os ambientes abertos e ventilados;
- Cozinhe bem alimentos como ovos e carne e evite o consumo de produtos crus de origem animal.
Fontes: Ministério da Saúde, OMS e diretores de Câmaras Setoriais da Abralimp
Campanha mundial arrecada fundos para assistência
A Western Union, especialista em pagamentos, movimentações financeiras internacionais e em moedas estrangeiras, e a Fundação Wester Union anunciaram o desafio global de arrecadar US$ 1 milhão para ajudar a combater o COVID-19 (Coronavírus) e auxiliar a China e os outros países afetados pela doença. A colaboração combinada entre a Fundação e a empresa será de até US$ 500 mil.
A Fundação Western Union está aceitando contribuições de funcionários, agentes e clientes da Western Union e do público em geral, em todo o mundo, até 14 de abril de 2020. O auxílio será destinado a ONGs locais e globais, como a Give2Asia e a International Medical Corps1, para os esforços contínuos de assistência na China e outros locais atingidos, inclusive para a compra de suprimentos, equipamentos e prestação de tratamentos médicos.
Até 26 de fevereiro, estima-se que 81.109 pessoas já tenham sido infectadas pelo COVID-19, com 2762 mortes em todo o mundo (78.191 casos e 2718 mortes na China), de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
“A Western Union é uma empresa global e damos apoio aos nossos clientes, funcionários e comunidades em momentos de necessidade. Agora, é o momento de a população mundial se unir em apoio às pessoas e áreas afetadas pelo COVID-19”, afirma Hikmet Ersek, CEO da Western Union. “Ser uma empresa global responsável significa não apenas atender a um mundo interconectado e nos beneficiarmos dele, mas também tomar medidas para cuidar das comunidades em situação de vulnerabilidade em momentos difíceis. Encorajamos todas as pessoas em todo o mundo, incluindo nossos funcionários, agentes, clientes e parceiros a se manifestarem e demonstrarem seu apoio”.
As doações para o desafio de US$ 1 mi podem ser feitas:
- Pela plataforma de doações públicas da Fundação Western Union;
- Nos EUA, pelo aplicativo da Western Union, entre 1 de março e 14 de abril;
- No caso de doações de empresas, as doações podem ser coordenadas pelo e-mail: wufoundation@wu.com
Além de oferecer fundos para os esforços em campo para prevenir e combater a propagação do COVID-19, a empresa e a Fundação Western Union lançaram uma campanha mundial de conscientização para encorajar doações do público.
“Temos o compromisso de ajudar nossas organizações parceiras a combater este vírus da forma que for mais apropriada nas suas localidades”, afirma Elizabeth Roscoe, Diretora Executiva da Fundação Western Union e Diretora de Objetivos e Marca Corporativa da Western Union. “Entendemos a importância de fazer nossa parte, ainda que pequena, para unir as pessoas a redor do mundo e combater esta doença infecciosa que pode pôr todos em perigo, independentemente das fronteiras geográficas, da etnia ou da classe social”.
A Give2Asia se diz grata pela ajuda e pelo esforço da comunidade global, mas destaca que mais recursos são sempre bem-vindos. “Agradecemos a todos que estão tomando atitudes neste momento de necessidade”, declara Birger Stamperdahl, Presidente e CEO da Give2Asia. “Os profissionais de saúde na linha de frente estão arriscando suas vidas para ajudar a controlar a disseminação do vírus. A Give2Asia vê um forte comprometimento por parte da comunidade global ao apoiar seu trabalho e ajudar as famílias e as comunidades atingidas por este surto”, finaliza o executivo.
1 A Fundação Western Union alocará 100% dos fundos angariados por meio de doações do público à Give2Asia e ao International Medical Corps
IBM fornece gratuitamente tecnologia para ajudar a combater o coronavírus
Em 2020, a nova epidemia de coronavírus despertou uma preocupação generalizada e profunda em todo o mundo. Todos os setores da sociedade estão trabalhando para superar os desafios da epidemia.
Um dos pontos essenciais para seu controle é acelerar a pesquisa, desenvolvimento e acesso ao tratamento prático com medicamentos eficazes contra o novo coronavírus. A conclusão de ensaios clínicos relevantes com eficiência e alta qualidade é crucial para o desenvolvimento de medicamentos. Membros da indústria, da área acadêmica e do governo têm conduzido esforços incessantes para buscar soluções com medicamentos antivirais.
Durante esse período crítico, a IBM tem buscado trabalhar em conjunto com instituições médicas e profissionais, usando o sistema IBM Clinical Development (ICD) para ajudar no desenvolvimento rápido de medicamentos essenciais para combater o vírus. O ICD é uma solução unificada de captura de dados baseada em SaaS (Software as-a-Service), projetada para fornecer visibilidade de ponta a ponta, além de recursos de gerenciamento de pacientes, ambientes e ensaios clínicos. O ICD foi desenvolvido para reduzir o tempo e o custo dos ensaios clínicos.
A solução possibilita centralizar e organizar os detalhes dos ensaios clínicos; disponibilizar acesso 24/7 aos dados por meio de uma única URL a partir de qualquer dispositivo habilitado na Web; e fornecer uma plataforma de gerenciamento de dados flexível e escalável para ajudar a desenvolver e gerenciar ensaios clínicos, incorporando recursos e serviços opcionais específicos de ensaios clínicos. Os assinantes da área de Life Sciences têm utilizado o ICD para apoiar seu desenvolvimento clínico nos últimos 7 anos.
Como parte do plano da IBM em ajudar no desenvolvimento acelerado de medicamentos importantes para combater o coronavírus, a IBM pretende:
• fornecer gratuitamente o sistema ICD aos novos ensaios clínicos elegíveis relacionados ao coronavírus na China; e
• fornecer gratuitamente uma tecnologia comercialmente razoável para apoiar a construção de bancos de dados e o treinamento básico para o uso do ICD.
Hospitais, patrocinadores, CROs e Instituições de Pesquisa e Desenvolvimento que estejam pesquisando novos medicamentos para coronavírus e realizando ensaios clínicos relacionados são bem-vindos para entrar em contato com a IBM.
Para informações detalhadas sobre produtos e serviços, acesse: www.ibm.com/products/clinical-development ou entre em contato pelo e-mail icdhelp@us.ibm.com.
Uso de medicamentos sem orientação pode mascarar o novo coronavírus
A farmácia, por muitas vezes, é o primeiro local de procura da população por atendimento de um profissional de saúde. Por isso, farmacêuticos no Estado estão sendo treinados pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo para identificar os sinais e sintomas da doença, assim como encaminhar os casos suspeitos para atendimento médico. Outro aspecto importante é orientar sobre os riscos da automedicação, já que o uso de medicamentos sem orientação pode mascarar sintomas e adiar o diagnóstico de algo mais grave.
A campanha “Farmacêuticos contra o novo coronavírus” está ativa e contém um manual com orientações ao farmacêutico como as formas de transmissão e prevenção, a identificação de sinais e sintomas, casos suspeitos e notificação, além de diagnóstico laboratorial e tratamento. A campanha conta ainda com um folder voltado à população com informações didáticas, uma capacitação on-line, uma ficha de atendimento e o manejo do paciente com o passo a passo de tudo que deve ser feito quando o farmacêutico se deparar com algum paciente com suspeita de COVID-19. Confira no portal do CRF-SP bit.ly/385sf7w.
Os riscos das fake news
Como profissionais de saúde, os farmacêuticos devem estar cercados de informações sobre o assunto para desmentir qualquer alarde que possa se espalhar por meio de notícias falsas. Uma das fake news que mais circula pelas redes sociais relacionada à COVID-19 aponta o uso de vitamina C + zinco como tratamento para combater a doença. Essa notícia foi desmentida pelo Ministério da Saúde (bit.ly/3adVB5g) e pode trazer um risco real à saúde do cidadão. O excesso de vitamina C pode causar cálculo renal, além de interagir com outros medicamentos como anticoncepcionais causando a variação dos níveis de hormônios da pílula.
Resumo da COVID-19:
O QUE É?
• Trata-se de uma doença causada por um vírus que pertence à família dos coronavírus
TRANSMISSÃO
• Gotículas de saliva
• Espirro
• Tosse
• Catarro
• Contato próximo, como toque ou aperto de mão
• Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com boca, nariz ou olhos
SINTOMAS
• Febre
• Tosse
• Dificuldade para respirar
Em casos mais graves pode causar pneumonia e até morte
O vírus pode ficar incubado por duas semanas até o aparecimento dos sintomas.
TRATAMENTO
Não há tratamento específico para COVID-19, mas indica-se:
• Repouso e ingestão de líquidos
• Uso de antitérmicos e analgésicos, se necessário
• Uso de umidificador no quarto ou banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse
PREVENÇÃO
• Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou higienize-as com álcool gel se não estiverem sujas
• Cubra a boca ao tossir ou espirrar
• Utilize lenço descartável para higiene nasal
• Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca
• Não compartilhe objetos de uso pessoal
• Evite contato próximo a pessoas que apresentem sintomas da doença
• Evite contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações
• Mantenha os ambientes limpos e ventilados
FIQUE ATENTO!
Quem esteve em área com casos confirmados da doença e apresentar sintomas suspeitos, deve:
• Evitar o contato com outras pessoas
• Procurar um serviço médico
• Seguir os cuidados recomendados para prevenção
• Utilizar máscara para evitar a propagação do vírus
Balanço sobre casos suspeitos no Rio de Janeiro
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informa que, até a quinta-feira (27), nove casos suspeitos de infecção pelo coronavírus (COVID-19) estão sendo monitorados. Os casos ficam nos seguintes municípios: Rio de Janeiro (2), Niterói (2), Macaé (1), Nova Iguaçu (1), além de dois turistas e um caso com local de residência ainda em investigação. Além dos sintomas respiratórios, os pacientes têm histórico de viagem para países com circulação ativa do vírus.
“Estamos em alerta máximo e preparados para enfrentar o Coronavírus. Desde o início do ano, trabalhamos na organização de um plano de resposta eficiente e ágil para enfrentar este novo vírus”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.
Plano de contingência
No mês passado, a SES elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar um possível surto no Estado do Rio de Coronavírus, que é capaz de provocar epidemias e pode evoluir a pandemias. Para proteger o cidadão fluminense do COVID-19, a SES definiu objetivos estratégicos, a fim de evitar a disseminação do vírus entre uma população sem imunidade para este subtipo viral.
O plano emergencial tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade da esfera estadual de governo. Ficou decidido que a SES vai apoiar em caráter complementar os gestores municipais no combate a um possível surto de Coronavírus, precavendo-se e organizando o enfrentamento de tudo aquilo que sair da normalidade. Com isso, a SES iniciou a preparação do plano de contingência em funcionamento no Nível Zero. Os demais níveis de acionamento (um, dois e três) são organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.
O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para conter a transmissão humano a humano, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.
Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconiza a OMS e o Ministério da Saúde.
O terceiro item abordado no tópico sobre os objetivos estratégicos do plano aponta para a comunicação do problema: informações sobre os riscos e casos registrados no Estado do Rio de Janeiro devem ser informados à sociedade o mais rápido possível para, entre outras coisas, combater a desinformação e as perigosas fake news.
Organização da resposta a um possível surto:
– Nível Zero – Casos importados notificados ou confirmados.
– Nível de Ativação 1 – Transmissão autóctone de Coronavírus no estado do Rio de Janeiro.
– Nível de Ativação 2 – Transmissão sustentada na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
– Nível de Ativação 3 – Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no Nível 2 de ativação forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. E, ainda, quando a rede de atendimento definida for incapaz de atender à demanda. Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado pela Secretaria de Estado de Saúde hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.
Processo de confirmação ou descarte de casos
Caso o paciente esteja com os sintomas do Coronavírus e tenha viajado para países com circulação ativa do vírus, o primeiro passo é procurar uma unidade de saúde para buscar assistência. No local, o profissional da unidade vai colocar em prática o protocolo de atendimento para casos a serem investigados – como uso de equipamento de segurança e isolamento do paciente -, além de notificar a Vigilância Municipal a respeito do caso. Além disso, o profissional de saúde realizará coleta do material para análise, que será entregue pela Vigilância Municipal ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ). No Lacen, o material é dividido em duas partes. Uma parte da amostra é analisada na própria unidade, investigando vírus respiratórios comuns, e a outra é enviada à Fiocruz, que realizada a testagem para o coronavírus. A SES esclarece ainda que o acompanhamento do paciente e pessoas que entraram em contato com ela é realizado pela Vigilância Municipal de cada cidade.
Diferença entre casos
Notificados – Ainda não é considerado como caso suspeito, já que depende de avaliação de critérios definidos pelas autoridades sanitárias
Suspeitos – Caso atende aos critérios das autoridades e será confirmado ou descartado
Medidas de prevenção:
– Proteger nariz e boca ao espirrar ou tossir
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos
– Lavar frequentemente as mãos, especialmente após espirrar ou tossir
– Evitar ambientes com muita aglomeração
– Utilizar álcool em gel nas mãos
O que fazer em caso de suspeita
Se estiver com febre ou sintomas respiratórios e tiver vindo de países com casos de coronavírus:
– Cubra o rosto com máscara cirúrgica
– Vá à unidade básica de saúde, hospital de emergência ou à UPA mais próxima
– Siga as orientações dos profissionais de saúde
– Siga as medidas de prevenção: lave as mãos frequentemente, cubra o rosto ao tossir e espirrar, não compartilhe objetos de uso pessoal, evite locais de grande aglomeração, utilize álcool em gel para as mãos
Fehosp está à disposição para mobilizar Santas Casas, em caso de necessidade
O Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus, em São Paulo, de homem de 61 anos, com histórico de viagem para a Itália. A Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) se colocou à disposição do Centro de Operações de Emergência (COE) do Estado, caso haja necessidade de mobilização e providências envolvendo as Santas Casas estaduais, responsáveis por 56% de todo o atendimento Sistema Único de Saúde (SUS) .
Por enquanto, em casos suspeitos de coronavírus, os hospitais seguem o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. Pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, e vierem da China, Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, nos últimos 14 dias, estão dentro dos critérios para análise de casos suspeitos.
O paciente suspeito deve usar máscara cirúrgica desde a identificação na triagem e colocado em local de isolamento. Os profissionais de saúde também devem utilizar máscara cirúrgica, óculos, protetor de face, luvas e avental.
Deverão ser coletadas duas amostras respiratórias, como saliva e secreções nasais, com envio urgente para um Laboratório Central de Saúde Pública, que fará exames para vírus respiratórios mais comuns, como Influenzas e Rhinovirus. Após resultado negativo desses exames, as amostras seguem para os laboratórios de referência para realização de análise de metagenômica, que identificará ou não o novo coronavírus. Em São Paulo, o laboratório de referência é o Instituto Adolfo Lutz.
Os casos suspeitos leves podem não necessitar de hospitalização e ser acompanhados pela Atenção Primária, além de instituídas medidas de precaução domiciliar.
Ações básicas de higiene podem prevenir a doença, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Também é importante evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
O boletim do Ministério da Saúde divulgado em 27 de fevereiro informou que 132 casos suspeitos de coronavírus estão sendo monitorados no Brasil. No estado de São Paulo, são 85 casos suspeitos em investigação.