Um estudo liderado pela Universidade de Birmingham sugere que modelos de monitoramento domiciliar remoto podem ajudar os pacientes e reduzir a demanda de serviços hospitalares durante o período da Covid-19.
O estudo, intitulado ‘Monitoramento remoto em casa (enfermarias virtuais) para pacientes com Covid-19 confirmados ou suspeitos: uma revisão sistemática rápida’, e publicado na EClinicalMedicine, analisa os modelos de monitoramento remoto Covid-19 liderados por cuidados primários e secundários em sete países – EUA, Austrália, Canadá, Holanda, Irlanda, China e Reino Unido – onde foram desenvolvidos para:
– Evitar internações hospitalares desnecessárias (prestando atendimento adequado em local apropriado);
– Monitorar a deterioração em um estágio inicial para evitar ventilação invasiva e admissão na UTI;
– Facilitar a alta hospitalar precoce para que os pacientes possam ser acompanhados com segurança na comunidade.
O uso de aplicativos digitais para monitorar os níveis de oxigênio no sangue permitiu um maior número de pacientes a serem acompanhados.
O Dr. Manbinder Sidhu, da Universidade de Birmingham (equipe BRACE) e coautor do estudo, disse que a “revisão mostra que a atenção primária pode desempenhar um papel central na coordenação de modelos de telemonitoramento de pacientes, proporcionando cuidados mais holísticos aos pacientes e reduzir a demanda por serviços hospitalares”.
No entanto, mais pesquisas precisam explorar os processos usados para implementar esses modelos e como eles podem variar com base no setor de saúde, população de pacientes, tamanho e abordagens usadas para triagem, monitoramento e escalonamento.
Referência:
Cecilia Vindrola-Padros et al, Remote home monitoring (virtual wards) for confirmed or suspected Covid-19 patients: a rapid systematic review, EClinicalMedicine (2021). DOI: 10.1016/j.eclinm.2021.100965
Rubens de Fraga Júnior é professor de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)