Artigo – Infecções Hospitalares: O grande desafio da era moderna da medicina

Estamos diariamente em mais de 260 hospitais e unidades de atendimento à saúde em todo o Brasil, levando serviços de facilities e alimentação, presenciamos o quanto a inovação e a tecnologia foram importantes, principalmente no setor de higienização e controle de infecções.

Com a Covid-19, e suas variantes, hospitais e profissionais de saúde viram aumentar os casos de síndromes respiratórias, elevando a necessidade da disponibilização de um grande número de leitos de enfermaria, unidades de terapia intensiva (UTI) e profissionais para oferecerem o suporte adequado às pessoas que precisam de atendimento médico.

Todos os hospitais e centros médicos possuem procedimentos e políticas direcionadas ao controle de infecções hospitalares, mas o risco de haver bactérias e vírus perigosos no ambiente hospitalar sempre vai existir.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações*. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 234 milhões de pessoas são operadas por ano, em todo o mundo, sendo que destes, um milhão morre em decorrência de infecções hospitalares e sete milhões apresentam complicações no pós-operatório**.

Por isso, as infecções hospitalares, também conhecidas como IRAS, ganharam ainda mais importância no olhar de gestão hospitalar. Afinal, é preciso garantir que paciente e a equipe médica tenham todas as ferramentas possíveis ao seu alcance para um tratamento e recuperação de excelente resultado.

Nos últimos anos a preocupação para implantar protocolos cada vez mais eficazes ao combate às IRAS tem ganhado ainda mais relevância, principalmente diante do cenário de pandemia que vivemos, e de gripes como a influenza.

É fundamental que as atividades de prevenção e controle permaneçam na linha de frente e na base das instituições hospitalares, dentro e fora do ambiente. É necessário trazer mais segurança no momento das internações, reduzindo ao máximo os riscos de contaminação, com iniciativas e soluções que complementem os protocolos de prevenção em todas as etapas dos cuidados do paciente.

Além dos riscos para a saúde dos pacientes, elas trazem um impacto econômico significativo. De acordo com um estudo recente, publicado pela Science Direct***, pacientes com IRAS ficam 16 dias adicionais na UTI e um custo direto extra de mais de 13 mil dólares, em comparação com aqueles sem IRAS, aumentando os gastos com os tratamentos e, consequentemente, deixando o acesso à saúde mais caro. Sem contar os custos intangíveis do emocional e psicológico das pessoas. Por isso, todos os esforços devem ser direcionados para desenvolver tecnologias capazes de tornar os hospitais ainda mais seguros a todos.

Tecnologia para o controle de infecções hospitalares

Com essa missão em mente, ao lado da medicina e da ciência, trabalhamos nos últimos anos a melhoria dos processos e a criação de novas tecnologias, que apoiassem nossos clientes na área da saúde a combaterem as IRAS e a atenderem seus pacientes com excelência e segurança, desde o início da jornada hospitalar até suas casas. Entre os diversos aprendizados ao longo dos anos que estamos em operação, em especial o último ano, ficou muito claro que os esforços para limpeza e a desinfecção dos ambientes são fatores determinantes para a proteção e qualidade de vida de todos.

A Sodexo On-site, por exemplo, aplicou toda a energia e expertise de mais de 20 anos no setor de saúde, no desenvolvimento do Protecta. Trata-se de um programa criado para prevenir e combater as infecções relacionadas à assistência médica, que conta com tecnologia, treinamento, gestão e produtos de última geração, indo de desinfetantes hospitalares biodegradáveis, que combinam limpeza e alto poder de desinfecção a comprovada ação bactericida, fungicida e virucida, até raios UV de ondas curtas (UV-C), que eliminam bactérias e vírus não envelopados, alcançando lugares não visíveis aos olhos humanos.

O programa é conduzido por equipes altamente treinadas e, tanto os processos quanto as tecnologias aplicadas, a operação é 100% digital, do controle de limpeza à gestão de equipes e indicadores permitindo que as tomadas de decisão sejam rápidas e assertivas, impulsionando melhorias contínuas e alta qualidade.

A iniciativa já foi implementada em diversos países, como França e Estados Unidos, sempre valorizando a troca de conhecimentos e valendo-se da expertise global da Sodexo. Nos EUA, por exemplo, constatou-se que cada paciente atingido por uma infecção hospitalar fica, em média, nove dias a mais internado, o que gera um custo adicional de aproximadamente 40 bilhões de dólares a cada ano para o sistema de saúde. Ao longo de um ano, verificou-se uma redução de 53% na incidência das infecções especificas (Clostridioides difficile), chegando a 70% em MRSA (Staphyloccus aureus resistente à meticilina).

Ao trazer essa tecnologia ao Brasil, reforçamos nosso papel de apoiar clientes e parceiros da área da saúde, trazendo soluções inovadoras e condições ambientais seguras dentro dos hospitais com o objetivo de reduzir drasticamente contaminações que podem ser evitadas durante a jornada do atendimento médico.

Referências:

*pebmed.com.br/mudanca-nos-habitos-de-higiene-reduz-14-das-infeccoes-em-hospitais

**www.blog.saude.gov.br/index.php/geral/53351-medidas-simples-podem-evitar-infeccao-hospitalar

***www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867021007091

Gabriel Paiva é Head de Marketing do segmento Saúde e Educação da Sodexo On-site

Redação

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