Artigo – O impacto da gestão de ativos na eficiência de hospitais e centros diagnósticos

Quando pensamos no setor da saúde, automaticamente colocamos o olhar nos pacientes e profissionais que integram a área e possibilitam que diagnósticos e tratamentos salvem vidas. Mas para a criação de toda uma jornada de cuidados eficientes e com o melhor desfecho clínico, há uma equipe com a atenção voltada à gestão de ativos.

Agendar uma consulta, realizar e analisar um exame, ter acesso ao resultado… Todo e qualquer processo passa por ativos, sejam eles físicos, como máquinas, equipamentos e linhas de automação, ou não, como licenças, capital intelectual, carteira de clientes, softwares, Big Data e Inteligência Artificial (IA).

Tecnologia e inovação estão cada vez mais integradas na área da saúde. Hospitais e centros diagnósticos têm investido em fluxos de trabalho automatizados e análises de negócios inteligentes para melhorar seus processos diários, mensais, anuais etc. O próprio agendamento de consulta e exames, muitas vezes, passa por uma IA Generativa – que ao contrário da IA tradicional, focada em fornecer respostas para perguntas específicas ou realizar tarefas, busca criar conteúdo original, utilizando algoritmos para gerar novos dados com base em padrões já existentes.

E mais, o uso de ativos intangíveis integrados aos físicos traz e ressalta a possibilidade de que milhares de vidas sejam salvas com um diagnóstico precoce – e preciso-. Por exemplo, o uso de IA em tomografias vem sendo utilizado por empresas nacionais e internacionais para realizar em até 15 minutos a detecção de achados críticos em exames de tomografia computadorizada de maneira automatizada e em larga escala.

Ainda, este mês, pesquisadores brasileiros publicaram um artigo na revista Scientific Reports, do Grupo Nature, mostrando o uso de uma solução de IA para examinar dados de hemogramas, realizados nos últimos 20 anos, de quase 400 mil mulheres, para treinamento do modelo de machine learning. Os hemogramas foram rotulados com base nos resultados de biópsias e exames de imagem da mama e a tecnologia possibilitou a detecção de padrões complexos nas células sanguíneas associadas ao câncer de mama, identificando um grupo de pacientes com duas vezes mais probabilidade de ter a doença, aumentando as chances de diagnóstico precoce do câncer.

Para todas as empresas, ainda mais com este nível de inovação, reconhecer e assegurar que os ativos sejam gerenciados da melhor maneira é indispensável para aprimorar as interações com os pacientes, aumentar a produtividade e eficiência, bem como otimizar processos – trazendo um diferencial frente à concorrência.

A coordenação otimizada e eficiente dos processos é essencial para a manutenção do ecossistema de saúde – tendo em mente que isso afeta diretamente a vida das pessoas. Para que esse manejo seja realizado, é preciso criar uma estratégia sistemática e econômica para planejar, adquirir, operar e descartar. Isso possibilita economia de tempo, melhor atendimento ao paciente, maior produtividade da equipe e redução de custos.

A complexidade dos ativos – visto que hospitais e centros diagnósticos contam com ampla variedade deles e a necessidade constante de garantir a manutenção adequada e oportuna dos bens estão entre os desafios dessa missão. Essa administração requer um inventário completo e categorizado, processos de monitoramento contínuo, manutenção preventiva e planejada, uso de softwares e sistemas especializados, bem como a capacitação da equipe.

Assegurar que os ativos do setor de saúde sejam gerenciados da melhor maneira é essencial para os negócios – mais do que isso – para prover soluções cada vez mais benéficas para a área e, consequentemente, para os seres humanos.

Marisa Zampolli é CEO da MM Soluções Integradas, especialista em gestão de ativos e engenheira elétrica

Redação

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