Artigo – Revolução tecnológica na área da saúde

O ano de 2020, para muitos, foi o auge da Inovação no setor médico: uma pandemia global virou a realidade de cabeça para baixo, colocando ciência e tecnologia no centro do enredo.

O planeta Terra nunca foi tão populoso e os conceitos de fronteira, abstratos. Do dia para a noite, um problema de logística e gestão foi notado em meio a um volume de pacientes que se mostrou grande demais, abrindo os olhos da sociedade para uma questão além do cenário pandêmico.

Peguemos o exemplo das vacinas: se o que aconteceu fosse uma ficção científica, a gestão perfeita teria cápsulas de transporte ultra modernas, que preservassem seu conteúdo sem alterar a atmosfera exterior, com refrigeradores que possuíssem rastreadores e mecanismos que facilitassem o status de cada produto, como validade, data de fabricação e em que paciente foi aplicada. A computação dessas informações impediria fraudes, facilitaria os dados de vacinação e dificultaria a perda de um produto tão raro por razões inaceitáveis como, por exemplo, falta de uso. Infelizmente, essa suposta ficção virou realidade e, com a humanidade posta à prova, essas tecnologias foram desenvolvidas.

No Brasil, temos o exemplo da Shield Company, healthtech brasileira que foi responsável pelo transporte das vacinas da Pfizer, cuja temperatura de preservação é mínima e, se não estiver um armazenamento térmico e inteligente em sua logística, já que estamos em um país tão grande e climaticamente diverso, pode ser danificada.

O ponto que circunda todas transformações tecnológicas da atualidade é, principalmente, a gestão de dados. Em 2017, um artigo do The Economist, principal periódico de economia do mundo, dizia “O recurso mais valioso do mundo não é mais o petróleo, e sim os dados”. Se a gestão desses ativos digitais visa otimizar o desempenho e reduzir os danos e custos de todos os setores industriais, corporativos e governamentais, torna-se imensurável as possibilidades e benefícios dessa tecnologia para a medicina, já que seu principal objetivo é o mais nobre: a conservação da vida humana.

A Shield Company, além de oferecer as soluções físicas para logística, também otimiza a operação de laboratórios e hospitais a partir do Shield 360 Vision, um software que faz toda gestão de dados, conectando os interlocutores da saúde de ponta a ponta: centros de pesquisa clínica, hospitais, seus inúmeros fornecedores e até os pacientes são beneficiados com o rastreamento e gestão de insumos e medicamentos durante deslocamentos e em toda sua vida útil, do tubo de ensaio ao consumidor final. Essa plataforma permite que a tomada de decisão seja feita em tempo real, reduzindo falhas e custos. São necessidades que ainda soam como futuristas, mas já existem, transformando negócios, facilitando a troca de informações, reduzindo gastos, ampliando resultados e salvando vidas.

David Bueno é CEO da healthtech Shield Company, empresa de gerenciamento, monitoramento, armazenamento e transporte de embalagens termolábeis para medicamentos e vacinas

Redação

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