A tecnologia não é novidade para os hospitais. Uma visita às salas de exames e cirúrgicas, mostra uma profusão de recursos inovadores que foram somados ao atendimento clínico. Assim, quando se fala sobre Hospitais Inteligentes – ou Smart Hospitals – trata-se de uma revolução, mas que não está distante do histórico de inovação das instituições de saúde. A real transformação, além da disponibilidade de conexão mais rápida e com baixa latência, é que agora os pacientes já chegam ao hospital conectados. Os pacientes são 4.0 e precisamos dar conta do atendimento.
Em poucas palavras, hospitais inteligentes são os que otimizam, redesenham e/ou constroem novos processos clínicos, sistemas de gerenciamento e de infraestrutura, a partir de uma rede digitalizada que conecta os ativos para fornecer dados úteis, em tempo real para guiar o atendimento ao paciente, a experiência desde a entrada até a alta, e a eficiência operacional com assertividade, segurança e, o mais importante, respaldo. As decisões do dia a dia podem ser tomadas baseadas em informações, análises e detalhamentos.
Com imagens, áudios, análises inteligentes, comunicação constante com os colaboradores e pacientes, conectividade e integração real entre os setores, o resultado é a maximização de recursos e a melhor experiência ao paciente. Os benefícios são muitos e já se destacam projetos no Brasil e no Mundo que demonstram na prática os ganhos. Desde a utilização de realidade virtual para treinamento médico; o monitoramento em tempo real para identificar quando um sistema está operando fora dos parâmetros definidos; até a utilização de robôs no transporte de materiais.
No entanto, pelo país, fervilham exemplos de hospitais que funcionam em prédios centenários, será que a saúde 4.0 está restrita aos novos empreendimentos? A resposta é não, mas nos aponta um desafio: os hospitais inteligentes são uma questão de infraestrutura, não apenas de tecnologia disponível. A boa notícia é que o investimento em infraestrutura estabelece um novo parâmetro tecnológico à prova de futuro – capaz de abarcar as tecnologias disponíveis e as que estão por vir.
Pacientes, médicos e todo corpo hospitalar já estão conectados no dia a dia, agora cabe às instituições criarem ambientes físicos e virtuais para integrar todo o ecossistema para melhor atender, decidir e operar. O primeiro passo – que permite a jornada – começa a partir de uma infraestrutura preparada para o futuro.
Luciana Cartocci é Diretora Executiva da Teleinfo Soluções