A área da saúde, na qual a eficácia de todos os procedimentos é decisiva para proporcionar um bom atendimento, qualidade de vida aos assistidos e otimizar recursos – inclusive no sistema público –, passou a contar com uma plataforma crescentemente adotada por hospitais e clínicas. Trata-se do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), integrado à Certificação Digital, um dos mais relevantes avanços verificados nos últimos anos na gestão das instituições e, sobretudo, no controle de procedimentos médicos, prescrição e monitoramento de medicamentos, exames e demais trâmites clínicos.
Mas o que o Certificado Digital representa em um sistema de gestão de informações sobre um paciente? Ele significa autenticidade, segurança, não repúdio e sustentabilidade. É ele quem viabiliza a assinatura de todos os documentos, sem caneta e sem papel, mas com valor jurídico, assim como ocorre quando as vias são assinadas manuscritamente e chanceladas com o carimbo médico.
Por que autenticidade? O Certificado é a identidade digital de pessoas físicas e jurídicas no meio eletrônico. Ele identifica inequivocamente e tudo o que é realizado por meio dele não pode ser repudiado. Ou seja: no contexto do PEP, ele associa a atividade a quem realizou, garantindo a autenticidade.
Sobre a segurança, processos realizados no meio eletrônico, do início ao fim, são facilmente passiveis de auditoria e criam um histórico, o que é bom para o hospital e aos profissionais participantes em um procedimento – uma vez que há o registro de todos os envolvidos e suas respectivas assinaturas digitais. Outro ponto importante relacionado ao uso do Certificado ao PEP e a segurança, é a questão do erro de interpretação. Com as informações inseridas de modo eletrônico – e, portanto, digitadas – minimiza-se as chances de erros por conta do entendimento da grafia, por exemplo.
E a sustentabilidade? Se os processos são realizados totalmente no meio eletrônico, elimina-se o uso do papel.
Os hospitais Leforte, de São Paulo, e Erasto Gaertner, de Curitiba, são casos de sucesso nos quais a integração da Certificação ao Prontuário Eletrônico, nos sistemas HIS, gerou grande economia, devido ao armazenamento de dados. Além disso, a consulta ao histórico foi facilitada, bem como a troca de informações entre todos os profissionais das instituições. Com isso, melhoraram a eficiência operacional e o atendimento tornou-se mais ágil e com mais qualidade ao paciente.
Leonardo Gonçalves é diretor comercial da Certisign, empresa especialista em identificação digital