Artigo – Telerradiologia reduz filas no SUS e diversifica diagnósticos em hospitais

A gestão de um serviço de saúde é um desafio tanto no sistema público como privado. O aumento da expectativa de vida da população e a carência de políticas públicas de prevenção fazem com que os sistemas fiquem sobrecarregados e onerosos. A busca pela sustentabilidade da cadeira e o equilíbrio no compartilhamento de riscos envolvem diferentes áreas e setores, sendo a medicina diagnóstica, como a telerradiologia, um deles.

Desde a invenção do raios X no século 19, quando foi possível ver o interior do organismo, a área evoluiu de forma dinâmica e intensa. Além das radiografias, hoje temos acesso a diferentes equipamentos, como tomografia computadorizada, ultrassonografia, ressonância magnética, entre outros recursos que permitem aos médicos um detalhamento do organismo.

É possível detectar com precisão lesões cada vez menores, com menos de 1 mm, por exemplo. A tecnologia também trouxe recursos de captação de imagens de alta resolução, tridimensionais. A perfeição das imagens é uma aliada da equipe médica e do paciente. Além disso, os procedimentos não são invasivos, e os resultados chegam em curto prazo de tempo.

No Grupo One Laudos, trabalhamos com parcerias públicas, além de privadas. Ou seja, também é possível ter acesso a essas tecnologias de forma gratuita, pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Na nossa parceria mais recente no Ceará, temos 27 unidades de atendimento, sendo elas distribuídas no interior do estado e em seis hospitais públicos de Fortaleza, onde atingimos a média de 40 mil laudos por mês. Conseguindo assim, reduzir as filas de espera para realização de exames, diversificar os serviços médicos oferecidos à população e democratizar o acesso ao atendimento. Podendo assim, contribuir para a sustentabilidade da cadeia.

Os prazos de laudos que antes demoravam seis meses ou mais são realizados hoje em até 48 horas. Em suspeita emergencial de AVC (Acidente Vascular Cerebral), esse tempo de espera para o resultado é de no máximo 60 minutos, tendo realizado uma média de 30 minutos com os laudos emitidos, e, laudos de rotina, em no máximo 48 horas. Assim, o paciente tem acesso ao diagnóstico precoce, e como consequência ao tratamento o mais breve possível. No caso do AVC, uma das doenças mais debilitantes no mundo, essa agilidade implica na melhor recuperação do paciente.

É fato que todo esse sucesso depende da expertise humana também. Ter um time com uma boa formação e conhecimento formado por técnicos de radiologia, médicos radiologistas, equipe de enfermagem e profissionais de gestão de centros de imagem é fundamental para a qualidade do laudo. A tecnologia é a nossa melhor amiga, mas contar com profissionais capacitados é indispensável.

Outra vantagem é que as análises acontecem de forma eficaz remotamente, com a telerradiologia. O paciente do hospital realiza o exame que chega para uma central de laudos com funcionamento 24 horas. O processo ganha agilidade, alcança lugares remotos e permite o compartilhamento de conhecimento sem a necessidade da presença física. E mais: os dados podem ser acessados via aplicativo do próprio celular, um diferencial impactante.

Com a pandemia ficou ainda mais evidente que a prevenção é a melhor saída para cuidarmos da nossa saúde, e a medicina diagnóstica ocupa papel fundamental para trazer sustentabilidade ao cenário e serviços.

Dr. Augusto Romão é CEO da One Laudos

Redação

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