Diante de um cenário de crise na saúde, um grupo de especialistas atuantes no setor fundaram a AJUSTI – Associação de Justiça em Saúde. O projeto, que terá abrangência nacional, foi apresentado oficialmente dia 10 de junho, em evento realizado em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
A motivação para criação veio exatamente da experiência que os fundadores, os advogados Elano Figueiredo, Marcos Túlio Paranhos e Maria Cândida Galvão, tiveram com o poder das grandes corporações da saúde sobre aqueles que dependem delas.
A Associação nasce para atuar de forma exclusiva no enfrentamento aos problemas que envolvam violação de direitos de vítimas da saúde, sejam pacientes, prestadores e vendedores de serviços, médicos ou outros agentes que compõem os sistemas de saúde, público e privado.
E uma primeira denúncia, acolhida pela entidade no dia oficial de sua apresentação, já obteve êxito na resolução de um caso.
“Após a divulgação na mídia da criação da entidade, recebemos uma ligação, no canal oficial divulgado, de uma pessoa que estava com problemas na alta hospitalar de sua mãe idosa, sem o devido acompanhamento de um especialista médico no caso da paciente. Com apenas uma ligação, a associação entrou em ação e conseguiu manter a internação da paciente e o caso vem sendo acompanhado pela AJUSTI para que ela receba o atendimento especializado necessário”, comenta o especialista em direito na área da saúde, Elano Figueiredo, presidente da AJUSTI. Ele complementa que esse atendimento e acolhimento da denúncia mostra o espaço importante que a entidade deseja ocupar no sentido de promover a resolução dos conflitos em saúde.
“Esse caso foi muito representativo do objeto da nossa atuação como associação. Acolher de forma humanizada a vítima já sensibilizada e vulnerável, de forma prática e rápida. O canal escolhido e divulgado, telefone com possibilidade de contato via aplicativo de mensagem, permite essa atuação em nível nacional. A pessoa ouviu a notícia sobre a associação e nos procurou imediatamente e decidimos atuar, independente da associação prévia à entidade”, explica.
Além de defender as causas de seus clientes, o projeto pretende debater o tema através do portal Justiça e Saúde, sendo um valioso canal par outros advogados acompanharem decisões e a evolução do assunto.
Soluções, representatividade e apoio para as vítimas da saúde – Não é novidade que o setor de saúde está em crise e o cenário é de insatisfação: o preço dos serviços de saúde atingiu um patamar inacessível, pacientes descontentes com planos de saúde e com a qualidade dos serviços médicos, planos de saúde com os médicos, médicos com os planos de saúde, o governo não consegue regular as relações e sofre com críticas e o judiciário está abarrotado. As últimas decisões, como a aprovação do Rol taxativo, colocaram o assunto do direito à saúde novamente entre as pautas urgentes da sociedade.
“Há vinte anos o cenário só se deteriora e nenhum desses protagonistas muda de postura. Por isso a necessidade de uma organização que possa ser mais representativa e humanizada, que vai agir desde o acolhimento da vítima, fazendo os encaminhamentos necessários e representando-a judicialmente”, avaliam Marcus Túlio Paranhos e Maria Cândida Galvão, membros fundadores da Ajusti.
Entre as atividades que a AJUSTI se propõe a realizar estão orientações sociais, orientações jurídicas, encaminhamento médico e psicossocial, palestras, treinamentos e eventos em geral sobre o setor, promoção de parcerias para benefícios e descontos em prol de seus associados e representação judicial dos ofendidos.
Representatividade nacional – Para poder atuar em todo o Brasil, a Associação já nasce com um formato virtual: por meio de um aplicativo de mensagem de smartphone poder ser feito o primeiro contato, de forma bastante simples.
O canal de contato da Associação Justiça em Saúde pode ser feito pelo número: (16) 99761-6789 e também pelo site da entidade.