Câncer de bexiga: julho é o mês de conscientização da doença que acomete quase 10 mil brasileiros anualmente

Sob o propósito de trazer informações à população sobre o câncer de bexiga, o mês de julho foi eleito para trabalhar a conscientização deste tipo de neoplasia que têm apresentado crescimento nas últimas décadas, chegando a acometer mais de 10 mil pessoas anualmente, de acordo com dados estatísticos divulgados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer, do Ministério da Saúde). Com maior incidência entre os homens, somente em 2020, ao todo, mais de 4,5 mil pacientes diagnosticados vieram à óbito, o que implica uma taxa de mortalidade próxima dos 50% dos que são acometidos por esse tipo de tumor.

Por se tratar de um tipo silencioso de câncer – que pode apresentar sintomas como sangue na urina e dor ao urinar quando já se encontra em estágio avançado -, evitar o consumo de substâncias como o tabaco e realizar, com frequência, exames de rotina, podem ajudar a prevenir e detectar precocemente a doença. Medidas que podem também contribuir para um tratamento menos traumático e invasivo, evitando a contaminação de outros órgãos e ampliando a longevidade dos pacientes diagnosticados.

A contribuição dos novos testes genéticos

No âmbito da detecção precoce, o avanço da biotecnologia permitiu o desenvolvimento de novos testes genéticos, capazes de rastrear a propensão ao câncer de bexiga em pacientes com histórico familiar da doença ou que já tenham sido acometidos por outros tipos de tumores ao longo da vida, ao detectar as mutações genômicas que poderão levar ao surgimento de novas neoplasias. Em casos específicos de histórico, a realização desse tipo de exame já é coberta pelos planos de saúde no país.

“Soluções como o sequenciamento de nova geração tem permitido que as equipes médicas direcionem esses pacientes a procedimentos como as terapias alvo, muito mais eficientes e certeiras. Falando em câncer, sabemos que quanto antes detectado, maiores são as chances de cura e longevidade desses pacientes. Nesses casos, ao identificar a predisposição à doença a partir de um teste genético, é possível acompanhar seu surgimento com a realização de exames de sangue, de imagem e avaliações constantes desses pacientes. Isso tem um impacto direto na vida das pessoas e, um dia, em larga escala, poderá mudar totalmente a forma que se realizam as políticas de saúde pública”, destaca Allan Munford, Gerente Regional de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN, multinacional alemã, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta, entre suas soluções, o QIAseq Targeted DNA Pro Panels, um kit de reagentes utilizados para a preparação das amostras a serem sequenciadas.

PCR em tempo real para tratamentos acionáveis

Considerado um dos exames mais efetivos para a detecção, acompanhamento e direcionamento de tratamentos personalizados, a PCR em tempo real faz uso de uma metodologia muito mais rápida, sensível e precisa quando comparada às gerações anteriores de PCR, o que favorece identificar tratamentos cada vez mais eficazes no combate ao câncer.

Uma vez detectada a mutação, é possível iniciar um tratamento com medicamentos específicos, sob os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença. De acordo com Munford, soluções como o therascreen FGFR RGQ RT-PCR Kit, da QIAGEN, são capazes de detectar até 4 mutações e 2 fusões gênicas em pacientes com câncer de bexiga, por PCR em tempo real, contribuindo para o direcionamento a tratamentos personalizados que podem gerar o aumento da longevidade em casos irreversíveis.

“Estamos falando de um tipo de câncer que, atualmente, apresenta casos fatais em quase metade das pessoas diagnosticadas, um número muito alto frente a tantas inovações tecnológicas na área da saúde, que podem contribuir para reverter esse quadro. Diante de tantas pesquisas e descobertas, seguimos trabalhando para que essas soluções estejam acessíveis, em curto prazo, a toda a população. Trata-se de um tipo de investimento capaz de trazer benefícios aos pacientes, com terapias e procedimentos mais brandos e eficientes, e a todo o sistema de saúde pública”, conclui o executivo.

Redação

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