Centro de Excelência Canabinóide lança programa dedicado à medicina esportiva

O Centro de Excelência Canabinoide (CEC), centro especializado em saúde pioneiro no atendimento humanizado dedicado ao uso medicinal da Cannabis no Brasil, lança jornada médica exclusiva voltado à medicina esportiva. A iniciativa nasce com dois objetivos principais. O primeiro vai ao encontro da demanda de atletas e esportistas que buscam tratamento com produtos à base de Cannabis para melhora de desempenho e alívio de dores, ansiedade e estresse. Adicionalmente, a ação promove conscientização e formação da classe médica interessada em se especializar nesse segmento. Com esse intuito, serão promovidos estudos, pesquisas e cursos de formação direcionado à prescrição de Cannabis para uso medicinal.

O comando do programa clínico oferecido a atletas e esportistas é do médico nutrólogo Marcelo Valio, que possui vasta experiência no segmento esportivo. Recentemente, o especialista tem se dedicado ao acompanhamento de terapias focadas no bem-estar de atletas e esportistas que sofrem dores e lesões, sem resposta aos tratamentos convencionais.

De acordo com Valio, o canabidiol (CBD), umas das substâncias extraídas da Cannabis sativa, têm se mostrado eficiente analgésico no tratamento de contusões em atletas de esportes de alto impacto, além de substituto saudável e não viciante aos opioides. “Também tem proporcionado benefícios para a melhora da qualidade de vida dos pacientes, diminuindo casos de insônia, estresse e ansiedade”, destaca.

Para o tratamento de atletas e esportistas, o CEC apresenta um modelo de assistência médica sem similar no país. Toda a jornada do paciente será acompanhada, desde o agendamento e triagem, passando pela consulta e se estendendo até o acompanhamento do tratamento, incluindo programas de apoio clínico focados no equilíbrio do sistema nervosa autônomo, que é responsável por regular as funções internas do organismo humano. A jornada esportiva será dividida em dois módulos. O Wellness é voltado para esportistas que buscam qualidade de vida e longevidade. Já o Recovery é direcionado a atletas de alta performance, que procuram soluções alternativas para o dano causado pelo alto impacto das atividades, incluindo patologias e lesões crônicas, dores e inflamações. As funcionalidades também abrangem recuperação muscular, melhora da saúde óssea e do sistema gastrointestinal, além do combate à ansiedade, estresse e, até mesmo, incremento da qualidade do sono.

Formação médica – Além do atendimento clínico voltado aos pacientes, o CEC é um centro educacional especializado em Cannabis para uso medicinal. Nesse sentido lançará, no mês de maio, a escola de medicina esportiva com um programa completo de formação para médicos que queiram atuar na medicina esportiva com foco na Cannabis medicinal.

De acordo com o diretor de Educação do CEC, Leonardo Soldon, a escola de medicina esportiva proporcionará o ambiente ideal para aliar as habilidades da formação médica em medicina esportiva ao uso medicinal da Cannabis, preenchendo uma lacuna existente na capacitação dos médicos.

Atualmente, o Brasil tem 450 mil médicos e apenas 1,1 mil prescrevem medicamentos à base de Cannabis. “O número de prescritores é insignificante se comparado aos quatro milhões de brasileiros que podem ser beneficiados por esse tratamento. Ou seja, temos um vasto caminho a percorrer nesse sentido”, ressalta Soldon.

Centro de Excelência Canabinoide (CEC)

O Centro de Excelência Canabinoide (CEC) é um centro especializado em saúde, com foco no atendimento humanizado, pioneirismo e excelência em medicina canabinoide. O empreendimento é estruturado em três frentes. O CEC Medical é focado na aplicação clínica de tratamentos eficientes e seguros para quem busca qualidade de vida. O CEC Academy é um centro de educação especializado em Cannabis para uso medicinal. Já o CEC Science gera conhecimento por meio de pesquisas científicas, validações de aplicação clínicas e certificações de produtos.

Informações: www.cecmedic.com.br


 

Artigo – Canabidiol: princípio ativo da maconha traz benefícios para a pele

Nos últimos anos, tornou-se cada vez mais comum ouvir sobre o lançamento de cosméticos que utilizam canabidiol. Popularmente conhecido pela sigla CBD, o canabidiol é um, dentre muitos, princípio ativo da Cannabis Sativa L. A indústria cosmética tem estudado e se aproximado cada vez mais desse ativo por este oferecer uma série de benefícios à pele, como um amplo poder antioxidante, anti-inflamatório, anti acne e antipruriginoso (inibe a coceira).

Extraído naturalmente do cânhamo, uma variedade da planta Cannabis Sativa L., o CBD age nos receptores canabinóides do organismo, responsáveis por regular e equilibrar os outros sistemas do nosso corpo. É importante ressaltar que o CBD não é o tetrahidrocanabinol (THC) responsável pelos efeitos psicotrópicos da maconha. O cânhamo contém altas concentrações de CBD e baixas concentrações de tetrahidrocanabinol (máximo, 0,3%).

CBD para a saúde

O canabidiol atua por meio de diversas ações farmacológicas no corpo – interagindo com o sistema endocanabinóide (ECS) e provocando um equilíbrio das funções corporais como sono, metabolismo, humor, analgesia e comportamento. Sabe-se que o ECS está relacionado à manutenção da homeostase – equilíbrio que o organismo necessita para realizar suas funções adequadamente – conectando todos os órgãos e sistemas do corpo.

Embora o corpo tenha seus próprios canabinóides endógenos, os canabinóides derivados de plantas (fitocanabinóides) como o CBD, têm sido pesquisados como potenciais opções terapêuticas em uma variedade de doenças devido a sua modulação no ECS.

O CBD foi isolado pela primeira vez em 1940 e, a partir de então, iniciaram as pesquisas sobre os efeitos do uso dessa substância. Estudos, com testes in vitro, em animais e em humanos, mostraram que o ativo possui alguns efeitos benéficos como na redução da atividade inflamatória, redução de dores crônicas, além de ser anticonvulsivante, ansiolítico e antitumoral.

Benefícios para a pele

Estudos mais recentes buscam entender os benefícios do uso tópico do CBD. E esses têm mostrado que ligantes endógenos possuem receptores canabinóides na pele, sugerindo que ela tenha seu próprio sistema endocanabinóide. Diversos testes realizados, até o momento, apresentaram resultados promissores no tratamento de condições dermatológicas inflamatórias como psoríase e dermatites, além de ajudar na cicatrização da pele.

No futuro o CBD poderá ser um agente terapêutico para o tratamento da acne devido aos seus efeitos combinados de inibir a produção de lipídeos, ser antiproliferativo e anti-inflamatório.

Mostrou-se também que os canabinóides possuem uma ação voltada para o rejuvenescimento e anti-envelhecimento da pele, pelo fato de o sistema endocanabinóide poder controlar a multiplicação, diferenciação e sobrevivência de células basais da pele.

O óleo de cânhamo

O hemp seed oil, ou óleo de cânhamo, é extraído das sementes de cânhamo e contém pouco, ou nada, de CBD, nada de THC, mas é rico em antioxidantes nutritivos, além de conter ômega-6 e ômega-3 (ácidos graxos essenciais), com quantidades substanciais de ácido linoléico, importante para a saúde da pele, pois promove a formação de ceramidas essenciais para a estrutura da barreira cutânea. Além disso contribui também para a produção de endocanabinóides e espécies de lipídios bioativos, conhecidos por mediar reações inflamatórias e imunes em muitos tecidos, incluindo a pele.

É do óleo de cânhamo que se deriva a famosa Hemp Beauty, vertente da indústria da beleza que utiliza derivados da Cannabis Sativa L. e que tem se tornado cada vez mais famosa no mundo todo. Por isso, grandes marcas do mercado internacional já começaram a investir em linhas de Hemp Beauty.

Legalização

O canabidiol segue proibido no Brasil e, mesmo que o plantio de Cannabis para fins medicinais esteja previsto desde 2006 (com o nome de Lei das Drogas, n° 11.343), ainda não foi regulamentado. Em 2014, a Anvisa autorizou a importação de remédios à base de CBD e, em 2019, foi regulamentada a pesquisa, produção e venda de remédios no Brasil por parte da indústria farmacêutica – mas as plantas ainda precisam ser importadas.

Em abril de 2020, a Anvisa aprovou o registro e autorizou a comercialização de um fármaco à base de canabidiol – que só pode ser adquirido com receita médica e prescrito quando outras opções terapêuticas no mercado brasileiro estiverem esgotadas.

Os efeitos do canabidiol são realmente promissores, mas os passos para a legalização ainda são longos. E, quando se fala em cosméticos, ainda faltam estudos clínicos multicêntricos em humanos, randomizados e controlados, que são padrão-ouro para determinar o efeito dos tratamentos com CBD em termos de eficácia e segurança no organismo vivo.

 

 

Dra. Lilian Odo é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia. Fez especialização em Laser na Universidade de Hokkaido, Japão; e de Cicatrização na Universidade de Boston, EUA. Atualmente, é convidada para ministrar aulas em Congressos de âmbito Nacional e Internacional


 

Relatório apresenta raios X sobre a cannabis no mundo

O cenário mundial da Cannabis é complexo e difuso, com legislações distintas em cada país. Governos, empresas, investidores e universidades têm desenvolvido produtos e serviços em âmbito global, mas o Brasil ainda engatinha em relação ao tema. Por isso, a importância do lançamento do relatório “Cannabis – Pesquisa, Inovação e Tendências de Mercado”, amplo panorama para quem pretende se atualizar sobre esse universo. O levantamento foi realizado pela Clarivate Analytics e Derwent, adaptado ao mercado brasileiro pela The Green Hub, consultoria e aceleradora de startups no segmento especializada em tecnologia e inovação com foco em negócios voltados à indústria da cannabis.

“Com base no volume de registro de patentes e de pesquisas realizadas ao redor do mundo, foco principal deste trabalho, é possível enxergar para onde caminha o setor. Quem quiser investir no Brasil precisa entender esse cenário mundial e traçar um plano local de longo prazo. Em contrapartida, há oportunidades gritantes muito perto de nós, em vizinhos da América Latina”, afirma Marcelo de Vitta Grecco, CMO da The Green Hub.

O mercado global de cannabis legal, de acordo com o relatório, está estimado em US﹩ 103,9 bilhões em 2024. A maior parte dessa fatia deverá ficar com Estados Unidos, Canadá e Europa. Já a América Latina deverá responder por US$ 9,1 bilhões. Mais de 50% da atividade de pesquisa global sobre cannabis é baseada nos EUA, com o Canadá na sequência.

O relatório destaca, ainda, que a indústria farmacêutica lidera o setor, mas a cannabis encontra cada vez mais polivalência em seus usos. Empresas de todos os portes voltadas a bens de consumo, bem-estar e beleza, têxteis, alimentos e bebidas, entre outras, aguardam o relaxamento das restrições para também ampliar o mercado de atuação. O setor agrícola é outro que manifesta crescente interesse devido às já comprovadas qualidades da planta na preservação ambiental.

Além do CBD e THC, o estudo aponta o crescente interesse da indústria em explorar mais o Cannabigerol (CBG), canabinóide ainda pouco conhecido. Para baixar o relatório completo, basta acessar: www.thegreenhub.com.br/conteudo/ebooks

Redação

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