CER II da Univali é referência no diagnóstico de autismo na região

Foto: Dales Hoeckesfeld

O dia 2 de abril foi instituído como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Mesmo diante de avanços conquistados nos últimos anos, o autismo ainda é um desafio em várias questões, desde a descoberta das causas, até a garantia do diagnóstico precoce, do tratamento assertivo e acessível e de pesquisas que apontem a sua real incidência. No Brasil, estima-se que há 2 milhões de pessoas com o transtorno do espectro autista (TEA). A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) possui um Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual (CER II), no Campus Itajaí, que é referência no diagnóstico de autismo para os 11 municípios da Amfri. Desde que iniciaram os atendimentos, em 2014, já passaram pelo serviço cerca de 900 crianças em investigação sobre o transtorno.

O CER II Univali é um dos componentes da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e assiste a pessoa com deficiência na integralidade de atenção à saúde, focado no desenvolvimento do potencial físico, psicossocial, profissional e educacional do paciente. No serviço é feita a avaliação, diagnóstico do TEA e atendimento preferencial a crianças com idade até 12 anos, residentes nas cidades catarinenses de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo. O Centro, vinculado aos cursos de Fisioterapia e Psicologia da Escola de Ciências da Saúde da Univali, atende ainda pessoas destes municípios em situação como a de reabilitação pós acidente vascular encefálico, amputação, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, entre outras.

Os atendimentos realizam-se de forma gratuita, via Sistema de Regulação (SisReg) do Ministério da Saúde. O fluxo de acolhimento no serviço é determinado conjuntamente com os municípios pactuados da Amfri. O ingresso do usuário dá-se com o encaminhamento médico da Unidade Básica de Saúde, da rede hospitalar ou de instituições referência por meio de formulário específico da atenção básica do município de origem. Feito isso, os casos que respeitarem os protocolos terão agendamento do usuário no CER Univali, tendo como critérios de prioridade a data de entrada no SisReg e a menor idade.

Uma equipe multidisciplinar de 21 profissionais atua no serviço, entre eles há médico neurologista, médico neuropediatra, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, assistente social, enfermeiro, nutricionista e coordenador. O grupo utiliza os métodos já conhecidos de intervenção para autistas- ABA, teacch, denver e son-rise – como referência, mas trabalha baseado no plano terapêutico singular, ou seja, a partir da avaliação que aponta as potencialidades e dificuldades do paciente.

Para o coordenador do CER II Univali, Rafael Silva Fontenelle, o processo de construção de diagnóstico do autismo é um dos grandes diferenciais do serviço. “O trabalho vai além da intervenção multidisciplinar com as crianças, pois fazemos visitas escolares e domiciliares e propomos atividades como a de grupos de pais e o grupo de intervenção precoce, para atender a pessoa com deficiência em sua integralidade”, destaca.

Redação

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