Clinical Governance foi um termo que surgiu em 1997 no livro ‘The New NHS Modern, Dependable‘, publicado pela National Health Services (NHS), sendo declarado como uma nova estratégia para modernização do sistema de saúde.
O modelo deve ser descrito de modo que as organizações de saúde sejam guiadas pela melhoria contínua da qualidade de seus serviços assistenciais e altos padrões de segurança na assistência. Segundo Dr. Rubens Covello, sócio-fundador e CEO da Quality Global Alliance (QGA), maior acreditadora da América Latina, o modelo de governança clínica veio para definir um novo desenho de profissionalismo da saúde para o futuro.
Para Covello, serviços de saúde são percebidos pela governança clínica como organizações complexas, sujeitas à alta oscilação e uma sistematização em massa que atrapalha o andamento das tomadas de decisões em vez de torná-lo administrável. ‘’A grande contribuição da Governança Clínica é trazer a decisão clínica para junto ao contexto gerencial e organizacional, priorizando gestão, qualidade e segurança.’’
Dessa forma, o modelo é definido a partir de cinco bases:
Inclusão: certificar-se de que os grupos pertinentes estejam envolvidos e inteirados com os objetivos e progressos da governança clínica.
Compromisso da alta administração: ter acesso facilitado à alta administração, principalmente em situações de problema ou contratempos no caminho.
Boas relações externas: construir e desenvolver de forma aberta relações do cuidado e negócio com as demais instituições.
Monitoramento do progresso: assegurar que todos os interessados estejam inteirados nos avanços e frutos do método.
Comunicação: sustentar o envolvimento de resultados com parceiros, colaboradores e compradores.
‘’Vale ressaltar que não pode ser deixado de lado o envolvimento dos pacientes no cuidado, colocando-os no centro da assistência e das decisões, demonstrando accountability com a organização, parceiro e sociedade’’, acrescenta Covello. Complementa, expondo que “a governança clínica precisa de um ambiente onde a excelência floresça e prospere. Para isso, é preciso estipular uma cultura de aprendizado organizacional, prezando pela educação e pesquisas, incentivando a tomada de decisões baseadas em provas.”