Colaboração entre hospitais da Rede Ebserh possibilita avanços em diagnóstico e tratamento renal

Um diagnóstico preciso é fundamental para o sucesso e a eficácia de qualquer tratamento, e, na busca por alternativas viáveis para ampliar a oferta do serviço de nefrologia, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) estabeleceu importante parceria com o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA). Ambos os HUs são filiais da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que administra 40 hospitais universitários federais.

No caso específico da nefrologia, a cooperação entre os dois hospitais se consolida por meio da realização de biópsias renais, possibilitando diagnósticos precisos. As amostras coletadas em pacientes do HU-UFGD são enviadas ao HU-UFMA, que realiza os exames e retorna os laudos com o diagnóstico em tempo hábil para o início do tratamento adequado.

“O trabalho em rede é uma possibilidade que beneficia todos os parceiros, na medida em que possibilita agilidade e praticidade, mas também a expansão dos serviços de assistência e a aplicação das pesquisas desenvolvidas no âmbito dos hospitais universitários”, comentou o superintendente do Hu-UFGD, Ricardo do Carmo Filho.

O médico Diego do Amaral Polido, chefe da Unidade do Sistema Urinário do HU-UFGD, conta como se deu o início da cooperação com o HU-UFMA e comenta os benefícios dessa metodologia de trabalho: “O patologista renal Gyl Eanes Barros Silva, que é vinculado ao hospital do Maranhão, está montando lá um dos mais modernos serviços de patologia renal da américa Latina e está oferecendo a realização de leitura em biópsia renal para toda a Rede Ebserh. Com isso, temos a possibilidade do diagnóstico preciso em torno de dez dias, o que diminui o tempo de internação do paciente e favorece o início de um tratamento eficaz num prazo bem menor”.

Ainda de acordo com o médico, antes dessa cooperação, o prazo para realização dos exames era superior 30 dias, e envolvia também o custo e o risco do envio das amostras ou da transferência do próprio paciente para um hospital em Campo Grande. A alternativa era, ainda, tratar empiricamente, sem confirmação do diagnóstico.

“Nesses casos, nem sempre o medicamento era o mais adequado, por exemplo, visto que, em muitas doenças, as manifestações e os sintomas se confundem. Por isso, nem sempre o diagnóstico correto é possível sem a biópsia. Outro fator importante é a diminuição do tempo de internação, já que muitas vezes o paciente permanecia internado, aguardando vaga para transferência para Campo Grande, o que aumentava custos operacionais ao HU-UFGD, bem como potencializava os riscos de uma infecção hospitalar para o paciente”, comenta Diego.

A partir dessa metodologia de cooperação, com a expansão do trabalho em rede, a perspectiva para o HU-UFGD é de aumento da capacidade de atendimento. “Não só aumenta a capacidade, como possibilita o completo atendimento no serviço de nefrologia ambulatorial no HU-UFGD, permitindo almejar projetos maiores, como a realização de transplante renal, para o que é imprescindível a biópsia renal”, finaliza o médico.

Redação

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