Congresso da SOCESP começa na quinta-feira (10) com novidades na prática clínica da cardiologia

Entre os dias 10 e 12 de junho, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) realizará seu Congresso Virtual pelas plataformas digitais. O evento, que apresentará os principais avanços da cardiologia, contará com a participação de grandes especialistas brasileiros e internacionais.

Os assuntos em destaque são:

  • Eric Topol falará como a inteligência artificial está mudando também a cardiologia: O tema da palestra do especialista norte americano, um dos 10 pesquisadores mais citados na área médica, será “Como a Medicina Digital mudará nossa prática?” e Eric Topol adianta um pouco do que irá abordar na conferência de como será essa mudança: “com o uso de novas ferramentas de inteligência artificial (IA)”. Em um futuro próximo, utilizando o aprendizado profundo, a IA pode identificar placas ateroscleróticas coronárias com ainda mais precisão, auxiliando médicos no dia a dia, além de também ajudar na análise de exames, como imagens ecocardiográficas, entre outros”.
  • Apenas 22,3% dos idosos brasileiros não apresentam doença crônica, constata Diretriz de Cardiogeriatria: O tema será abordado pelo conferencista Roberto Dischinger Miranda. Ele vai esclarecer que, apesar da terceira idade começar aos 60 anos, a avaliação da capacidade física e cognitiva e o desempenho de tarefas desde as mais simples até as mais complexas, são determinantes para a indicação dos tratamentos. O envelhecimento populacional justifica o tema de trabalho. Para se ter uma ideia, em 1980, a cada 100 crianças do sexo feminino nascidas vivas, 30 completavam 80 anos; em 2013, este número passou para 55.
  • Aproximadamente 35% dos pacientes com câncer desenvolverão hipertensão ao longo do tratamento oncológico: Para muitos pacientes oncológicos, infelizmente, o tratamento quimioterápico e radioterápico acarreta um efeito colateral para lá de indesejável: a cardiotoxicidade, que corresponde a uma série de consequências cardiovasculares, que podem ser tão letais quanto o próprio câncer. De acordo com estudos recentes da Sociedade de Cardiologia, em um grupo de 63,5 mil pacientes com câncer de mama, por exemplo, 15% das mortes aconteceram por causas cardiovasculares até oito anos após o término do tratamento oncológico, enquanto os óbitos em decorrência da própria doença representaram 15,1%.
  • Brasileiro abandona tratamento para controlar colesterol três meses após início: O controle da dislipidemia (colesterol elevado) é um grande desafio para os cardiologistas, no Brasil. Em média, os pacientes abandonam o tratamento três meses após o início. A informação é do professor e orientador do Programa de Pós-Graduação do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/USP, Marcelo Bertolami, que vai coordenar um painel sobre novas terapias Hipolipemiantes, no 41º Congresso Virtual da SOCESP.
  • Principal responsável por internações de idosos no Brasil, insuficiência cardíaca tem novos tratamentos: Uma doença grave, que atinge 23 milhões de pessoas do mundo e que, após cinco anos de diagnóstico positivo, oferece sobrevida em apenas 35% dos casos, sendo que no grupo de idosos com mais de 85 anos as chances de sobrevida caem para 17,4%. Esta é a realidade da insuficiência cardíaca (IC), doença que mata até 80% dos homens e 70% das mulheres acometidos. Só no Brasil, é uma das principais causas de morte e é a primeira responsável por internações de pessoas com mais de 65 anos.
  • Cardiologistas debatem Longevidade e Doenças Cardiovasculares: Com o envelhecimento da população, os profissionais de saúde se dedicam cada vez mais em proporcionar qualidade de vida da terceira idade. O cardiologista Izo Helber explica que o segredo para a manutenção da saúde do idoso é a prevenção. Ele recomenda que pessoas com 65 ou mais devem praticar atividade aeróbica de moderada a vigorosa 3 a 5 vezes por semana. Segundo o especialista, a perda de peso de 10% ou mais, por ano, acende um alerta e desencadeia avaliação de desnutrição, possíveis causas médicas ou medicamentosas, estado dentário, entre outros. Além da depressão que é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares.
  • “Grandes congressos, como o da SOCESP, fornecem todas as novas informações essenciais para os médicos em atividade”, afirmou John McMurray: Ele é atualmente professor de Cardiologia e Consultor Honorário do Queen Elizabeth University Hospital, em Glasgow, na Escócia. John McMurray tem um interesse especial na insuficiência cardíaca e nas consequências cardiovasculares do diabetes e das doenças renais crônicas e conduz estudos clínicos nessas áreas. Ele abordará três novos tratamentos para IC com resultados bastante positivos.
  • Indivíduos com níveis de glicose elevada tem mais chance de letalidade quando infectados pelo novo Coronavírus: Durante a palestra “Impacto dos fatores de risco cardiovascular”, que acontece no 41º Congresso Virtual da SOCESP, o cardiologista e integrante da Comissão Científica do Congresso Andrei Carvalho Sposito falará sobre achados recentes em relação à resposta imunológica natural à infecção por Covid-19.
  • Doença de Chagas atinge até 7 milhões no mundo, com 20% do total acometidos por miocardiopatias: A Doença de Chagas está entre as três principais moléstias infecciosas tropicais, junto com a malária e a esquistossomose. De acordo com a Federação Mundial do Coração, de 6 a 7 milhões de indivíduos no mundo convivem com o mal, sendo que 1,2 milhão desenvolvem miocardiopatias e 12 mil morrem a cada ano. Um dos grandes entraves da Doença de Chagas é a falta de diagnóstico: apenas um em cada dez pacientes é identificado. Sem tratamento adequado, há risco de sequelas crônicas após a fase aguda da doença, com manifestações cardíacas e digestivas.
  • Telemedicina se populariza na pandemia com videoconsultas, mas especialidade é muito mais abrangente: Apesar de ter surgido há mais de uma década, a telemedicina conquistou seu espaço durante a crise sanitária. No 41º Congresso Virtual da SOCESP o painel “Medicina do século 21- evolução ou crise?” discutirá o tema, mostrando como a tecnologia dos dados aplicada à medicina favorece o acesso aos especialistas e aos diagnósticos mais precisos.
  • Premiado intervencionista pelo ACC, Martin Leon, será palestrante do Congresso da SOCESP: O especialista atuou como investigador principal em mais de 75 estudos clínicos, incluindo os ensaios PARTNER, que ajudaram a moldar o campo da medicina cardiovascular intervencionista. Martin Leon recebeu, em 2019, o conceituado prêmio do American College of Cardiology pelo conjunto de sua obra. É coautor de mais de 2.000 publicações e realizou mais de 10.000 procedimentos intervencionistas. No 41º Congresso da SOCESP irá proferir a conferência “Como vai evoluir o campo da Intervenção Estrutural nos próximos 10 anos?”.

Eric Topol falará sobre como a inteligência artificial está mudando também a cardiologia

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP vai abordar no 41º Congresso um tema extremamente inovador que é a o uso da inteligência artificial na prática clínica. Um dos conferencistas será o cardiologista e cientista norte americano, Eric Topol. “O principal foco científico de Topol tem sido as ferramentas genômicas e digitais para individualizar a medicina” conta Ricardo Pavanello, diretor da SOCESP. Eric Topol é fundador e vice-presidente executivo do Scripps Research Translational Institute, uma das instituições mais influentes do mundo por seu impacto na inovação.

O tema da palestra do especialista norte americano será “Como a Medicina Digital mudará nossa prática?” e Eric Topol adianta um pouco do que irá abordar na conferência de como será essa mudança: “com o uso de novas ferramentas de inteligência artificial (IA)”. Em um futuro próximo, utilizando o aprendizado profundo, a IA pode identificar placas ateroscleróticas coronárias com ainda mais precisão, auxiliando médicos no dia a dia, além de também ajudar na análise de exames, como imagens ecocardiográficas, entre outros”.

Em relação à pandemia de Covid-19, Eric Topol comenta como os cardiologistas podem encorajar seus pacientes a manter os procedimentos e tratamentos. “Usando mais da telemedicina”, completa o professor de medicina molecular que, como pesquisador, já publicou mais de 1.200 artigos revisados ​​por pares, com mais de 250 mil citações. Eric Topol foi eleito para a Academia Nacional de Medicina dos EUA e é um dos 10 pesquisadores mais citados na área médica.

O 41º Congresso Virtual da SOCESP será totalmente on-line de 10 a 12 de junho e reunirá cardiologistas, médicos, residentes, estudantes de medicina, profissionais de saúde, como Educação Física, Enfermagem, Farmacologia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e interessados em Cuidados Paliativos.

41º Congresso Virtual da SOCESP

Data do evento: 10 a 12 de junho

Tema: Como a Medicina Digital mudará nossa prática?

Palestrante: Eric Topol

Data: 10 de junho

Horário: 17h15 às 17h30

Redação

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