Coronavírus: curso capacita profissionais de UTIs para o tratamento de doenças epidêmicas

O início de 2020 acendeu um alerta na população mundial com o surgimento do coronavírus na China que, até agora, já matou cerca de 1.700 pessoas e infectou mais de 70 mil. Apesar de nenhum caso ter sido confirmado no Brasil até o momento, o Ministério da Saúde informou recentemente que pretende abrir licitação de novos mil leitos de UTI em todo o país com o objetivo de ampliar a assistência médica para possíveis pacientes infectados pelo vírus por aqui.

Diante desse cenário, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), instituição que há 40 anos atua com o objetivo de fortalecer a terapia intensiva no país, chama a atenção para a importância de os profissionais de saúde, sobretudo aqueles que atuam em UTIs, estarem devidamente preparados para enfrentar os desafios de uma eventual epidemia do vírus no Brasil.

É com este objetivo que a instituição oferece aos intensivistas brasileiros o curso ‘Fundamentos para Gerenciamento de Catástrofes’, uma formação da Sociedade Norte-Americana de Medicina Intensiva (SCCM), franqueada para a AMIB no Brasil, que é voltada à capacitação de profissionais de saúde para o tratamento de vítimas de epidemias, acidentes naturais ou artificiais em massa.

“Além do coronavírus, temos visto a volta de doenças do passado assustar a população, o que exige que a área médica se prepare cada vez melhor para as especificidades desse cenário”, comenta o Dr. Cristiano Franke, médico intensivista e coordenador do curso.

“Qualquer paciente que dê entrada em um hospital com suspeita de um vírus mais grave precisa ser mantido na terapia intensiva para que a equipe médica investigue minuciosamente o seu quadro e não haja transmissão para outras pessoas. Em situações como essa, ter profissionais bem capacitados é fundamental para garantir sucesso no tratamento de casos de grande complexidade”, explica também Dra. Suzana Lobo, presidente da AMIB.

Além das epidemias, o curso ajuda intensivistas a adquirirem conhecimentos necessários para o atendimento de vítimas de diferentes tipos de catástrofes de grande amplitude, incluindo exposição radioativa, queimaduras, explosões, desastres naturais, entre outros casos. “Essas são situações extremas que exigem muito dos profissionais, tanto do ponto de vista técnico, como emocional. Por isso, na programação do curso há uma combinação de sessões didáticas e estações de habilidade nas quais o aluno interage com situações reais que o ajudam a se preparar para esse tipo de atendimento”, explica Franke.

O curso, que tem duração de 10 horas, está com as inscrições abertas e será realizado no próximo dia 21 de março. Para saber mais acesse: www.amib.org.br/formacao/educacao-continuada/cursos/fdm/

Redação

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