No ano de 2018 foram criados, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, 82.707 empregos no setor, enquanto que de janeiro a junho de 2019, portanto em seis meses, o número de contratações atingiu 63.255 vagas, o que corresponde a 76,44% das contratações do ano anterior. Caso esse ritmo se mantenha, estima-se que o ano de 2019 gerará 50% a mais de empregos que o ano anterior na área da saúde.
“Desde o início da crise econômica o setor de saúde brasileiro nunca registrou dados negativos, sempre gerou mais empregos do que demissões. Isso mostra a força desse segmento, que é totalmente dependente de mão de obra especializada. Os dados do primeiro semestre de 2019 mostram que os empresários da área estão investindo. Além disso, na saúde a tecnologia não substitui pessoas”, afirma o presidente da FEHOESP – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, Yussif Ali Mere Jr.
Em junho de 2019, o Brasil registrou 2.298.165 trabalhadores na área da saúde. Entre as atividades, destaca-se a criação de 32.620 postos de trabalho na atividade atendimento hospitalar e também a geração de 10.718 vagas de trabalho na atividade médica ambulatorial.
O Estado de São Paulo computou, em junho de 2019, o contingente de 751.719 trabalhadores no setor de hospitais, clínicas e laboratórios. No acumulado do semestre, o setor gerou 16.459 vagas no Estado, destacando-se a geração de 7.289 postos na atividade de atendimento hospitalar.
Enquanto em 12 meses, de janeiro a dezembro de 2018, o setor saúde empregou 24.085 trabalhadores no Estado de São Paulo, em apenas 6 meses, de janeiro a junho de 2019, já abriu 16.459 novos postos de trabalho. Esse crescimento corresponde a 68,33% das vagas criadas no ano passado. E, caso esse ritmo se mantenha, estima-se que o ano de 2019 irá gerar cerca de 36% a mais de colocações no mercado com carteira assinada este ano no Estado.
São Paulo emprega 33% do contingente de trabalhadores alocados no setor no país.
Leitos diminuem no SUS e crescem na rede não SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) contabilizou, em junho de 2019, segundo o Datasus, 328.653 leitos, divididos entre leitos gerais e complementares. Ao comparar junho de 2019 com dezembro de 2018, contabiliza-se o fechamento de 2.341 leitos SUS no país, o que significa uma redução de 0,7% no número total de leitos, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Os leitos SUS passaram de 333.196, em dezembro de 2017, para 328.653 em junho de 2019, uma redução de 4.543 leitos em 18 meses (queda de 1,4%).
Quanto aos leitos não SUS no país, houve abertura de 4.458 novos no primeiro semestre de 2019, um crescimento de 2,8%. Os setores com maior crescimento de leitos foram o hospital/dia, que passou de 5.544 para 6.078 leitos (crescimento de 9,6%)e a UTI pediátrica, que cresceu de 2.036 leitos para 2.226 leitos (9,3%). “Os leitos de pediatria, inclusive os de UTI, estão se reorganizando, já que o setor privado se adequa à demanda. E os leitos em hospitais-dia também mostram uma tendência já consolidada”, adianta Yussif Ali Mere Jr.
No Estado de São Paulo, em junho de 2019, segundo o CNES, o SUS contabilizou 60.262 leitos divididos entre as diversas especialidades. Ao comparar junho de 2019 com dezembro de 2018, nota-se uma redução de 0,9% no número de leitos SUS, o que significa um fechamento de 573 leitos.
Quanto aos leitos não SUS,foram fechados, no Estado, 153 leitos, representando um recuo de 0,3% do total no semestre, como resultado do fechamento de 244 leitos gerais e da abertura de 91 leitos complementares, categoria na qual são considerados os leitos de UTI. “As análises trimestrais, semestrais e anuais feitas pela FEHOESP mostram que o SUS vem perdendo leitos no país. Porém, não basta apenas analisar o fechamento de leitos por si só. Precisamos analisar a resolutividade dos leitos do SUS disponíveis hoje no país. Não basta abrir ou manter leitos que não sejam resolutivos, eficientes”, defende o presidente da FEHOESP.
Os leitos não SUS no Estado de São Paulo passaram de 46.543 para 46.390.
One thought on “Crescimento do emprego na saúde tem ritmo mais acelerado no primeiro semestre”