Diabetes cresce 16%

Um em cada 10 adultos tem diabetes, segundo dados recentes divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF). São mais de 530 milhões de pessoas com a doença, um aumento de 16% desde o último levantamento da IDF, realizado em 2019. “No ano em que comemoramos os 100 anos da descoberta da insulina, assistirmos ao crescimento significativo da doença. É preciso mais esforços das políticas em saúde para orientar e passar informação sobre o diabetes”, comenta a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

Nove a cada 10 pacientes diabéticos têm doença cardiovascular aterosclerótica

Um a cada três pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) tem doença cardiovascular estabelecida e nove a cada 10 têm doença cardiovascular aterosclerótica, segundo estudo (para ler clique aqui). A doença cardiovascular aterosclerótica é causada pelo acúmulo de gorduras , colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, o que estreita os vasos e resulta em redução do fluxo sanguíneo, podendo levar a eventos como ataque cardíaco e derrame.

“Nós médicos temos que fazer muito mais que controlar a hemoglobina glicada: se meu paciente com DM2 tem sobrepeso ou obesidade, preciso fazê-lo perder peso, controlar os risco de infarto, de AVC, ou seja, o controle dos níveis de açúcar representa apenas uma parte do problema, que é hoje global”, explica a Dra. Andressa Heimbecher, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

O estudo mostra ainda que apenas 20% dos pacientes com DM2 e doença cardiovascular aterosclerótica estavam recebendo tratamento com medicações que têm benefício cardiovascular comprovado.

De acordo ainda com a Dra. Andressa, medicamentos como liraglutida, semaglutida, empagliflozina e dapagliflozina têm mostrado nos últimos anos benefícios além da redução da hemoglobina glicada. “Estudos consistentes indicam que eles podem reduzir risco de infartos, derrames e perda de funcionamento do rim. Como a doença cardiovascular é a principal causa de morte nas pessoas com DM2, é fundamental fazer o rastreio para essas complicações e proporcionar o melhor tratamento”, finaliza a endocrinologista.

Exposição aborda o centenário da descoberta da insulina

A mostra ‘100 anos de insulina. Uma inovação que salva vidas’, que estará em cartaz de 8 a 21 de novembro no Shopping Center Norte, na cidade de São Paulo, relembra a evolução do medicamento fundamental para a vida de pessoas com diabetes, que completou seu centenário em julho deste ano. A exposição aborda desde a descoberta pelos médicos canadenses Frederick Banting e John Macleod, em 1921, até a evolução da insulina, os modos de aplicação, a chegada e a utilização do medicamento no Brasil e o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) na sua distribuição.

Antes da descoberta do medicamento, o tratamento disponível para a doença era principalmente restrição de alimentação. A descoberta desse medicamento foi um divisor de águas na vida das pessoas com diabetes e permitiu que elas pudessem, mais do que sobreviver, terem vidas completas e produtivas. Atualmente, cerca de 463 milhões de pessoas no mundo que vivem com a doença1, uma parte significativa delas depende da insulina diversas vezes por dia para serem saudáveis e evitarem as complicações da doença.

No Brasil, já são mais de 17 milhões de brasileiros vivendo com diabetes. Com eles, são milhares de famílias convivendo com uma doença crônica em uma rotina que exige cuidado intenso e atenção redobrada com a alimentação, a prática de exercício físico e a disciplina na manutenção do tratamento, especialmente em tempos de pandemia do novo Coronavírus.

Neste contexto, foi criada a campanha ‘Caneta da Saúde’, iniciativa de saúde pública liderada pela Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) e pela empresa global de saúde Novo Nordisk, além de contar com o apoio da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS). O objetivo é informar e educar a população sobre as vantagens das canetas preenchidas de insulina, estimulando o uso do recurso que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o Brasil. O cenário é tão preocupante para as pessoas com diabetes que o Ministério da Saúde acaba de rever as faixas etárias elegíveis para o tratamento gratuito. Agora, a caneta está disponível para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, preferencialmente acima de 50 anos e menores de 19 anos (anteriormente era somente até 16 anos e acima de 50).

A exposição tem entrada gratuita.

CPD e SBD promovem a 2ª Corrida Virtual Pelo Diabetes

‘Acesso aos cuidados com o diabetes: Se não agora, quando?’ é o tema central da campanha do Dia Mundial do Diabetes. Segundo dados do Atlas do Diabetes da Internacional Diabetes Federation (IDF), mais de 530 milhões de pessoas no mundo têm a doença, o que representa um aumento de 16% (74 milhões de pessoas) desde as estimativas de 2019. No Brasil, são mais de 16 milhões de indivíduos com diabetes.

O diabetes não tem cura, mas tem controle e uma das ações previstas no tratamento e que contribui muito para a manutenção da qualidade de vida do paciente é a prática de exercício físico. Por isso, o Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD), organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo estimular a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção da saúde e inclusão, lança a 2ª Corrida Virtual Pelo Diabetes 2021, em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

Como funciona: De 1 a 30 de novembro, o participante poderá caminhar ou correr no local de sua escolha, percorrendo distâncias de 05K, 10K, 15K, 21K. Será necessário informar manualmente os dados da corrida no sistema do Ticket Agora, como o tempo e a distância escolhidos na inscrição. O participante poderá escolher um entre os dois kits disponíveis. A 2ª Corrida Virtual Pelo Diabetes 2021 é aberta a todos e não apenas a pacientes.

O CPD oferece acompanhamento individualizado de profissionais de educação em diabetes, videoaulas de yoga, treinamento de fortalecimento muscular, planilhas de corrida/caminhada, além de encontros virtuais de troca de informações e conhecimentos sobre temas relevantes. Ambiente seguro e acolhimento para cuidar da saúde física e emocional também fazem parte do CPD.

“Hoje, contamos inclusive com atletas de alta performance, como é o caso de João Coelho, diagnosticado aos oito anos com diabetes. Em 2017, aos 40 anos, começou no jiu-jitsu. Atualmente, Coelho é campeão no Pan-Americano e Sul -Americano de Jiu-Jitsu, e já foi campeão do mundo quatro vezes, na categoria”, conta Bruno Helman, fundador e CEO do Instituto Correndo pelo Diabetes.

Outra atleta do CPD é Liliane Jorge, que teve o diagnostico aos 32 anos de idade e está no CPD há três anos. A corrida de rua de pequena e longa distância é sua paixão. Já são mais de 70 pódios em apenas dois anos e maratonista com índice de qualificação para Maratona de Boston e Chicago logo na sua primeira maratona.

Futuro – Entre as metas para os próximos anos, O CPD visa expandir as operações para todo o Brasil, trabalhar junto ao SUS para fortalecer a inclusão e educação em diabetes na Atenção Primária à Saúde e realizar parcerias estratégica, como com a Plan International, ACT-Promoção da Saúde e outras organizações abertas a apoiarem a missão de promover saúde e inclusão a partir do esporte.

Inscrições: www.ticketagora.com.br/e/correndo-pelo-diabetes-2021-31997

ADJ Diabetes Brasil promove educação em diabetes por meio de gameficação

Para chamar a atenção sobre a gravidade da epidemia do diabetes e gerar conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento, a ADJ Diabetes Brasil promove duas ações digitais: uma delas é a competição que envolve o conhecimento de diabetes entre duas famílias, Quem Sabe Ganha – game do diabetes, e a outra um Jogo da Memória baseado nos sete comportamentos do autocuidado do diabetes (atividade física, teste de glicemia, bem estar, prevenção, tratamento, alimentação e bons hábitos).

77% das pessoas com diabetes tipo 2 não são aderentes ao tratamento* e desenvolvem com mais facilidade uma série de complicações do diabetes. O convívio com a doença requer atenção e cuidados constantes, que passam a fortalecer a autoestima e uma maior compreensão da própria saúde.

Com cerca de 16 milhões de pessoas com diabetes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o quinto país em número de pessoas com a condição. De acordo com o relatório preliminar da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), publicado em setembro, 8,2% dos brasileiros têm a doença, sendo maior entre as mulheres (9,0%) do que entre os homens (7,3%) **.

Por todo este cenário a ADJ Diabetes Brasil escolheu realizar iniciativas lúdicas com foco na educação em diabetes para chamar a atenção dos brasileiros. No dia 10 de novembro (quarta-feira), às 19h, a competição Quem Sabe Ganha – game do diabetes, será transmitida ao vivo em um evento digital nos canais (www.facebook.com/ADJDiabetesBrasil e www.youtube.com/adjdiabetesbrasil). Terá a participação de duas famílias, devidamente uniformizadas, que competirão sobre conhecimento em diabetes. O apresentador Tom Bueno, jornalista, influenciador em diabetes, cujo canal ‘Um Diabético’ fará a moderação da iniciativa, e a Dra. Denise Reis Franco, endocrinologista, pesquisadora do Cpclin- Centro de Pesquisa Clínica e diretora da ADJ Diabetes Brasil, participará para dar todas as explicações sobre os temas abordados.

A segunda iniciativa será um Jogo de Memória, que poderá ser acessado em www.adj.org.br. Voltado a um público de várias gerações, o game será utilizado também como ferramenta educativa nas atividades realizadas pela ADJ.

Os eventos terão como patrocinadores: Roche, Astrazeneca, Bayer, Novartis, Novo Nordisk, Sanofi e BD.

Referência:

*Estudo clínico controlado e randomizado realizado na Clínica Ambulatorial de Diabetes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo avaliou a adesão dos indivíduos com diabetes tipo 2 ao tratamento, mostrando que 77,2% não eram aderentes. Faria HTG et al. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2014;2:257-263.

** Vigitel Brasil 2020 – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico: www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/relatorio-vigitel-2020-original.pdf/view

Dia Mundial do Diabetes

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta ao aumento do interesse em torno do diabetes no mundo. Celebrado em 14 de novembro, é visto como a maior iniciativa mundial em torno do diabetes. A data foi escolhida devido ao nascimento do cientista canadense Frederick Bantin que, em parceria com Charles Best, foi responsável pela descoberta da insulina, em outubro de 1921. Dois anos mais tarde, Banting recebia o Prêmio Nobel de Medicina por esta descoberta e pela aplicação da insulina no tratamento das pessoas com diabetes.

O símbolo do Dia Mundial do Diabetes é um circulo azul que simboliza a união. A IDF buscou um formato simples para facilitar a reprodução e o uso para as pessoas que quisessem dar apoio à campanha. Esta data também é marcada com a iluminação em todo o mundo de monumentos e construções de destaque na mesma cor. O azul representa o céu e é a mesma cor da bandeira das Nações Unidas, que simboliza também a união entre os países. Neste dia, é estimulado o uso de roupas na cor azul, cor símbolo da campanha.

Diabetes

O diabetes é uma condição crônica que se caracteriza pela produção insuficiente ou resistência à ação da insulina, hormônio que regula a glicose (açúcar) no sangue e garante energia ao organismo. O tipo mais comum de diabetes é o 2, quando há principalmente resistência à ação da insulina. O diabetes tipo 2 está diretamente relacionado ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão. Um dado importante a ser destacado é que muitos pacientes com diabetes tipo 2 não apresentam sintomas. Já o diabetes tipo 1, geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, mas que também pode ocorrer em adultos, é uma doença autoimune que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente, o que exige um tratamento com uso diário de insulina para controlar a glicose no sangue. Seus sintomas podem incluir aumento de fome e sede, vontade de urinar constante, fraqueza, perda de peso, fadiga, náuseas e vômito. A longo prazo o diabetes pode desencadear complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. Independente do tipo, é fundamental que o paciente tenha um acompanhamento médico regular.

Redação

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