Einstein seleciona primeiras startups para incubação no Programa de Biotecnologia

Já está formado o primeiro grupo de startups incubadas do Programa Einstein de Inovação em Biotecnologia. Sediado na Eretz. bio biotech, visa apoiar startups com foco em bioconvergência para o desenvolvimento de novos tratamentos e soluções diagnósticas, além de fomentar que pesquisadores se tornem empreendedores, ou seja, no apoio para novas soluções estudadas cheguem ao mercado.

Os selecionados a participar do programa foram anunciados em evento realizado nesta quinta-feira, 27, e são empresas, sobretudo, com foco em soluções para pacientes oncológicos. Foram designadas: BioBreyer, Celluris, ImunoTera, In Situ, Mirscience Therapeutics, Riogen, Wecare Skin. A partir de agora, a equipe da Eretz. bio biotech vai acompanhar o desenvolvimento dessas startups tanto no olhar do produto quanto do negócio, com suporte em temas como fundraising, propriedade intelectual, assuntos regulatórios, validação pré-clínica e clínica.

“O conceito de bioconvergência vem sendo difundido em grandes nações tecnológicas e o Einstein, com o Programa, aposta nessa temática para alavancar o desenvolvimento de uma indústria nacional de biotecnologia aplicada à saúde”, diz Rodrigo Demarch, diretor executivo de Inovação do Einstein.

Os participantes do programa também se beneficiarão da estrutura do novo Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – Campus Cecilia e Abram Szajman – considerado um dos mais modernos e completos parques tecnológicos da América Latina, com acesso aos laboratórios de alta tecnologia.

O local conta com diversas plataformas tecnológicas permitindo o apoio à startups de diferentes estágios de desenvolvimento, com diferentes tecnologias. O acesso a essas plataformas é essencial, garantindo que os produtos desenvolvidos em laboratório sejam seguros, puros e eficazes para avaliação clínica.

O Programa conta ainda com apoio dos especialistas do Einstein, incluindo médicos e executivos, além das estruturas do Centro de Pesquisa pré-clínica e da Academic Research Organization (ARO) do Einstein, garantindo o apoio em todo o ciclo de desenvolvimento de produtos.

Demarch ressalta, ainda, que a Eretz. bio biotech busca incentivar o desenvolvimento de soluções inovadoras, capazes de moldar o futuro da saúde. “O Brasil tem pesquisadores do mais alto nível, reconhecidos internacionalmente e uma biodiversidade única no mundo. O Programa foi desenvolvido para incentivar soluções inovadoras e proporcionar maior acesso de empresas brasileiras à infraestrutura, insumos e equipes profissionais de primeira linha, capazes de apoiar o desenvolvimento de soluções transformadoras que possam impactar o mercado mundial. Tudo isso com a expertise da Eretz. bio, que já incubou mais de 120 startups desde que foi fundada”, informa.

Conheça as incubadas e saiba no que cada uma delas investe

BioBreyer: está focada no desenvolvimento de uma nova geração do biofármaco asparaginase, para tratamento de leucemia linfoide aguda, e na produção de ácido hialurônico de alta qualidade, vegano e cruelty free a partir de leveduras, utilizando tecnologia de engenharia metabólica.

Celluris: atua em terapias avançadas de câncer, desenvolvendo um tratamento através de imunoterapia com células T de receptores de antígenos quiméricos (CAR-T). Essa técnica baseia-se na modificação das próprias células do paciente para que reconheçam o tumor como alvo, combatendo com precisão diferentes tumores hematológicos e sólidos.​

ImunoTera: busca desenvolver uma plataforma biotecnológica capaz de restaurar e ativar funções do sistema imune. A solução é baseada no desenvolvimento de proteínas recombinantes projetadas com alta precisão terapêutica para combater diversos tipos de câncer, a partir de vacinas. Seu primeiro produto, a proteína TERAH-7, tem como alvo as lesões pré-cancerígenas e câncer relacionados ao vírus do papiloma humano, o HPV.

In Situ: atua na área de terapia celular com foco no desenvolvimento de três principais produtos: biocurativo 3D contendo células-tronco para tratamento de feridas crônicas e queimaduras graves, pomada de nano-vesículas extracelulares para tratamento de feridas menos complexas e cicatrizes e bioenxerto 3D para tratamento de recessão gengival.

Mirscience Therapeutics: atua na área medicina de precisão, descobrindo e desenvolvendo moléculas de MicroRNA como alvos terapêuticos potenciais e específicos para cada doença. Atualmente, está desenvolvendo moléculas que possuem efeito no aumento da massa e função do músculo esquelético visando tratar doenças musculares como a sarcopenia (relacionado ao envelhecimento), caquexia (associada ao câncer) e promover a regeneração muscular.

Riogen: está desenvolvendo um teste molecular utilizando um painel de marcadores para detecção de câncer de próstata, através de uma amostra de urina. O exame poderá ser utilizado como triagem em casos suspeitos para indicar se há ou não a necessidade da realização da biópsia convencional, considerada um procedimento invasivo, doloroso e de alto custo.​

Wecare Skin: desenvolve produtos para cuidados da pele e mucosa oral de pacientes oncológicos que apresentam ressecamentos, feridas e queimaduras provenientes de quimioterapia e radioterapia. Associam compostos naturais, com ação cicatrizante, anti-inflamatória e protetora, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes e garantir a não interrupção do tratamento devido à estas lesões.​

Inscrições seguem abertas

Outras startups interessadas podem se inscrever para participar. Para isso, precisam preencher o formulário disponível no site e, após avaliação inicial, aquelas que tiverem sinergia com o projeto, serão avaliadas por um grupo de especialistas para aprofundar a análise. Somente depois das avaliações, as startups serão analisadas por um comitê interno, que definirá a aprovação no Programa de incubação.

Vale ressaltar que o Programa integra uma rede de iniciativas internacionais para intercâmbio tecnológico, formada por países como Canadá, EUA, Reino Unido, Portugal, Espanha, Israel e Singapura. Ainda este ano, os acordos de cooperação poderão ser ampliados para outros locais da América Latina, China, Japão e Coreia do Sul.

Redação

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