Estudos indicam que terapia com células-tronco podem ajudar no tratamento do Diabetes

Em 2019, a International Diabetes Federation (IDF), divulgou dados alarmantes no que diz respeito ao diabetes. Segundo a federação, existem cerca de 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo e esse número pode aumentar para 578 milhões em 2030.

Classificada entre as 10 principais causas de morte, com quase metade ocorrendo em pacientes com menos de 60 anos, a pesquisa apontou ainda que 374 milhões de pessoas têm intolerância à glicose, o que aumenta ainda mais o risco de desenvolverem diabetes tipo 2.

Somente no Brasil, são aproximadamente 12,5 milhões de afetados, de acordo com o Ministério da Saúde. Dessa forma, o país é o quarto com maior número de diabéticos no mundo, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos, respectivamente. Por isso, para reforçar a conscientização acerca do tema, a IDF e a Organização Mundial da Saúde (OMS), instituíram a data de 14 de novembro como o Dia Mundial do Diabetes.

Entre os maiores desafios no tratamento da doença, promover uma fonte de insulina que regule os níveis de glicose sanguínea, desponta entre os principais. No entanto, uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, conseguiu converter células-tronco humanas em células produtoras de insulina e curar ratos de laboratório afetados pelo diabetes em apenas nove meses.

“Por serem auto renováveis, as células-tronco possuem capacidade ilimitada de reprodução e, com isso, se qualificam como uma potencial fonte de terapia celular, sendo utilizadas nos mais diversos tratamentos, inclusive de doenças degenerativas”, informa Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

Dr. Nelson, explica ainda que o material pode ser aplicado de diferentes maneiras, porém as mais promissoras são as que possuem ação anti-inflamatória e regenerativa das células beta. “As células-tronco, principalmente as mensequimais, podem interromper o processo autoimune que destróis as células produtoras de insulina. Por outro lado, as mensequimais pluripotentes se diferenciam em células beta pancreáticas e após injetadas nos pacientes, possibilitam a regeneração do tecido perdido”, destaca.

Por fim, o profissional alerta que embora os resultados sejam promissores, são necessárias novas pesquisas e testes para que num futuro próximo não precise existir mais doses de insulinas para pessoas com diabetes.

Redação

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