A área da saúde tem grandes desafios quanto à adoção de tecnologias voltadas à redução de custo e à experiência do paciente. Embora seja um dos setores com maior urgência na diminuição dos gastos com o aumento da sinistralidade e do número de pacientes crônicos – os quais representam o maior custo ao sistema – ainda existe um longo caminho a ser percorrido em relação à adoção de inovações que possam contribuir neste sentido.
No entanto, percebe-se que o movimento iniciado há alguns anos pelas startups de digital health vem ganhando espaço, e embora a mudança seja gradual, tendências do mercado fazem com que algumas inovações comecem a ser incorporadas. É importante destacar que o mercado de saúde é “de longo prazo” quando falamos em inovação, com inúmeros desafios urgentes, mas com grande aversão ao risco.
Para o ano de 2018, são esperadas algumas tendências, principalmente voltadas à experiência de saúde do paciente. Nos últimos anos começaram a surgir as clínicas populares: um serviço que traz à população sem plano de saúde uma alternativa na realização de consultas e pequenos procedimentos a um custo mais acessível. Este tipo de serviço atinge uma boa parte das pessoas que, devido à crise, perderam seus empregos e também seus planos de saúde, antes disponibilizados pelas empresas.
Outra tendência para este ano é a medicina preventiva. Por muito tempo, os maiores investimentos eram centrados no cuidado daqueles que já apresentam uma condição de saúde prejudicada. Agora, temos uma corrente forte que defende um cuidado maior da população antes que pessoas precisem de cuidados extremos.
Para 2018, iniciativas centradas no bem estar e na satisfação das pessoas serão incorporadas com menos barreiras de entrada, uma vez que o mercado, felizmente, está amadurecendo neste sentido. Vale lembrar que: maior qualidade de vida significa maior bem estar, produtividade e menos custos.
Lívia Cunha é CEO da startup CUCO Health
