Exportação de suprimentos médicos e odontológicos movimentou US$ 350 milhões em 2020

A pandemia de Coronavírus derrubou a economia global e impactou de forma negativa os faturamentos mundo afora. Ao mesmo tempo, ligou um alerta em diversos mercados: a exportação pode ser um bom caminho para se recuperar da crise. O setor de instrumentos e suprimentos médicos e odontológicos é um exemplo. Apenas em 2020 esse mercado movimentou mais de US$ 350 milhões em exportações ao redor do mundo, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Exportar em tempos de crise garante diferentes fontes de receita internacional, ajuda a sustentar o faturamento e permite que o negócio não dependa de um único país ou de uma única moeda. O cenário é totalmente favorável para as vendas fora do país por conta da exposição cambial. E, enquanto a pandemia segue forte no Brasil, em diversos países, a história já começou a mudar.

Entre os mercados que se destacam estão Estados Unidos, América Latina e o Oriente Médio. Nos países vizinhos, a indústria movimentou mais de US$ 62 milhões em 2020. Já no Oriente Médio, foram efetuados quase US$ 4 milhões em exportações brasileiras e o setor de odontologia cresceu 20% no mesmo período, segundo dados da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos).

“Aproveitando o aumento do dólar, encontramos um excelente momento para exportar. Estamos causando uma revolução no mercado externo”, explica Claudio Loureiro Nunes, CEO da Vigodent-Coltene, líder nos segmentos de estética e prótese odontológica. Aproveitando o momento de recuperação, a empresa tem crescido 100% ao mês com exportações para a América Latina e o Oriente Médio.

Os produtos mais exportados são materiais de impressão como gessos, alginatos e silicones, além de resinas, considerados como produtos tradicionais da empresa. “Muitos países ainda investem pouco em novas tecnologias, devido à altíssimos custos. Desta forma, eles preferem produtos mais tradicionais e nós estamos aproveitando isso”, explica o CEO.

Entre os mercados em que a empresa mais cresce, destacam-se a Venezuela e o Oriente Médio. A empresa costumava exportar cerca de US$ 100 mil ao ano para o país latino-americano. Em 2021, a empresa bateu a marca de US$ 500 mil em apenas 5 meses e pretende continuar crescendo. Em outra ponta, a empresa abriu caminho para exportar seus produtos para o Oriente Médio, mercado que não era explorado antes, e já movimenta US$ 150 mil ao mês. “Nossa meta é expandir nossos negócios para mais de 60 países até o final do ano”, finaliza Nunes.

Redação

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