Após o sucesso da Barreira Individual de Biossegurança Odontológica (BIBO), que mostrou uma redução efetiva dos riscos de contaminação vinculados aos aerossóis dos consultórios odontológicos, os pesquisadores da Faculdade São Leopoldo Mandic lançaram um dispositivo voltado à medicina. Desta vez, o estudo foi realizado por um aluno do mestrado, que desenvolveu o Dispositivo de Isolamento Individualizado Articulado (D.I.I.A.), uma barreira física que deve ser usada durante o transporte de indivíduos contaminados. Assim, é possível criar um isolamento temporário enquanto aguarda atendimento em ambiente hospitalar ou em ambiente domiciliar, conforme explica o orientador da pesquisa, Prof. Dr. Marcelo Sperandio.
Segundo Dr. Sperandio, em tempos de pandemia ou ao lidar com indivíduos altamente contagiosos, há a necessidade de estabelecerem barreiras de proteção em benefício da biossegurança. “Neste contexto, este produto técnico teve o objetivo de apresentar uma ferramenta estratégica em forma de invenção, cujo pedido de patente foi depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com materiais de baixo custo e de fácil obtenção no mercado da construção civil”, conta. Entre os materiais utilizados estão o cano de PVC, tubo termo retrátil, fio de Nylon monofilamentado, areia fina e luvas de anilha.
Por ser uma estrutura articulável, o dispositivo também possui a vantagem de ser fácil de guardar, armazenar e carregar. “Quando montado, forma uma estrutura de suporte a uma barreira plástica que fica posicionada sobre o paciente, desde a cabeça até aproximadamente a região dos joelhos, com o intuito de confinar e limitar a dispersão de partículas potencialmente contaminadas”. Segundo o pesquisador, o protótipo já tem sido utilizado em caráter emergencial em alguns estudos microbiológicos preliminares e serviços de transporte de doentes, inclusive, na cidade de Sumaré (SP).
“O D.I.I.A. representa uma inovação tecnológica tanto em termos de funcionalidade quanto usabilidade. Segue os padrões de proteção contra doença de transmissão respiratória, tanto em casos de triagem simples, quanto em procedimentos com geração de aerossóis e infectantes previstos na literatura”, finaliza o especialista.