Fluxo paperless é tendência para o futuro na medicina diagnóstica

A transformação digital tem efeitos diretos na medicina diagnóstica, que vão de agilidade à óbvia redução de gastos com insumos para impressão. Mas, acima de tudo, o benefício é para o usuário do sistema, uma vez que quanto mais rapidamente a informação circula, mais rapidamente ele tem acesso ao diagnóstico e à conduta de tratamento.

De acordo com o Painel Abramed 2021, os investimentos em novos equipamentos e em tecnologias no campo da medicina diagnóstica no Brasil variaram entre R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão em 2021. Esse dado demonstra como um ambiente cada vez mais digital no diagnóstico tem se mostrado como uma tendência de futuro, eliminando as pastas e as inúmeras fichas físicas do atendimento e facilitando um resultado mais rápido e preciso.

Quando os documentos estão em papel, as falhas podem acontecer com mais facilidade, seja porque alguém misturou acidentalmente dois arquivos ou cometeu um erro ao transcrever informações de um formulário para outro.

“O diagnóstico da doença depende da obtenção de todas as informações médicas, incluindo os fatos mais recentes. Ter os dados na palma da mão permite que os diagnósticos sejam baseados em conjuntos completos de informações e com menos erros – o que leva a melhores resultados de tratamento”, explica Genilson Cavalcante, CEO da Green, empresa focada na transformação digital das instituições de saúde.

A agilidade tem sido outro benefício apontado pela virtualização do processo, pois através dela os documentos armazenados eletronicamente são facilmente acessados. Quando eles “nascem” no ambiente digital – em vez de, por exemplo, serem primeiramente imprimidos para depois serem digitalizados e inseridos manualmente no sistema – o processo fica mais rápido.

“A evolução desse aspecto pode ser vista quando há a interoperabilidade entre os diferentes agentes, permitindo que os laudos médicos fluam entre as instituições com menos falhas e percalços”, completa Cavalcante.

ECONOMIA 

A economia é outro aspecto importante não somente para os centros de medicina diagnóstica, mas também para todas as outras instituições do ecossistema da saúde. O uso de papel requer insumos como tinta, impressoras, eletricidade e espaço para as incontáveis gavetas. Ao diminuir a necessidade de impressão e arquivamento de documentos, os hospitais também conseguem reduzir seus custos operacionais. Outro fator importante: de 17% a 35% dos resultados de exames nunca são buscados. Sem impressão, a economia é imediata.

GESTÃO DOS PROCESSOS 

Com a medicina diagnóstica digital, fica mais fácil monitorar e rastrear as informações, o que permitirá um maior controle sobre os processos.

“A partir do momento em que todas as informações são registradas e armazenadas em um sistema centralizado, fica muito mais simples analisar dados e tomar decisões baseadas em informações consistentes e precisas”, afirma Genilson Cavalcante.

Isso também leva à questão da segurança, uma vez que sistemas de gerenciamento garantem o acesso dos documentos somente a pessoas autorizadas, condição importante para estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Por fim, os processos digitais na medicina diagnóstica levam à maior satisfação dos pacientes, acostumados com as facilidades da vida digital, e que passam a ter através do smartphone uma fonte de consulta ao histórico e de agendamento para os exames.

Redação

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