Hcor é primeiro hospital privado do Brasil a adotar programa de gerenciamento de sangue de pacientes

Muito conhecida no exterior, mas ainda pouco difundida no Brasil, a técnica de gerenciamento do sangue do paciente (Patient Blood Management ou PBM, na sigla em inglês) acaba de ser adotada de forma institucional pelo Hcor, por meio de um programa. Esta é a primeira vez que um hospital privado do país adere ao método que visa reduzir transfusões de sangue desnecessárias, a partir de preparo pré-operatório, com enfoque na correção de anemia, procedimentos anestésicos e cirúrgicos e a otimização da hemostasia (fluidez do sangue e a integridade dos vasos sanguíneos).

Todos os pacientes se beneficiarão do programa, contando com a ajuda de uma abordagem multidisciplinar da área de enfermagem, banco de sangue, centro cirúrgico, além das várias abordagens médicas dentro da instituição. “Assim como muitas instituições de excelência, já temos controles rigorosos da utilização de sangue e de hemoderivados por meio de protocolos e processos organizados há décadas, entretanto, a utilização do PBM de maneira estruturada, por meio de um programa institucional, multimodal e multidisciplinar, que contemple toda jornada do paciente, é inédita nos hospitais privados do país”, destaca Dr. Gabriel Dalla Costa, superintendente médico do Hcor.

“O uso judicioso de hemoderivados, o reaproveitamento do próprio sangue do paciente em determinados cenários e a otimização da condição clínica do doente, com potencial redução de transfusões, são elementos centrais do programa. Dessa forma, desfechos importantes, incluindo potencial redução de mortalidade, podem ser atingidos”, completa.

Para inaugurar o programa, o Hcor promoveu um Simpósio Internacional sobre o tema com a participação de nomes importantes no cenário mundial de PBM, como Dra. Yuyun Maryuningsih, da Organização Mundial da Saúde (OMS), Professor Axel Hofmann, da Fundação Internacional de PBM, Professor Donat Spahn, do Hospital Universitário de Zurique, Dr. Angel Augusto Pérez Calatayud, professor adjunto de Cuidado Intensivo Obstétrico na Universidad Nacional Autónoma de México, e Professor Fausto Pinto, da Federação Mundial do Coração. Representando o Hcor participaram do evento Dr. Gabriel Dalla Costa, Dr. Fabio Jatene, Dr. Sergio Vieira, Dra. Salete Nacif, Dra. Fernanda Vieira, Dr. Daniel Apolinario, Guilherme Rabello e Dra. Rosangela Monteiro.

“Como destacado pela própria OMS, o objetivo de um programa de PBM não é simplesmente reduzir o número de transfusões de sangue ou restringir o seu uso. Na realidade, trata-se de uma decisão baseada numa estratégia de cuidado, que visa dar maior importância ao sangue do próprio paciente, considerando-o como um recurso valioso, antes mesmo de qualquer transfusão ser cogitada. É uma mudança de paradigma de cuidado, cujo foco central é o incremento da segurança do paciente. Esse tipo de programa tem o potencial de contribuir para aliviar a pressão sobre os estoques dos bancos de sangue, que já vêm trabalhando no limite”, finaliza Dr. Fabio Jatene, líder médico da área Cardiológica do Hcor e que está à frente da iniciativa.

Redação

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