Healthtech de saúde fala sobre importância do acompanhamento psicológico contra o câncer de mama

Estudos feitos pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) comprovam que as pacientes que têm engajamento com o atendimento psicológico possuem melhor compreensão dos seus medos e angústias, que podem interferir em uma resposta ao tratamento do câncer, podendo até colaborar com uma melhora nos sintomas adversos provocados pela doença.

É natural que quando a paciente está passando por um tratamento de quimioterapia, no qual os efeitos físicos podem ser bem agressivos, essa acabar sendo a sua principal preocupação. Porém, a saúde emocional também é muito afetada. Então, se fortalecer nesse aspecto faz toda a diferença na luta contra essa doença.

Renata Tavolaro, Head de Psicologia da orienteme, healthtech que oferece saúde psicológica e nutricional aos colaboradores de empresas, comenta sobre a importância de dar ouvidos às angústias psicológicas.

“Sabemos que muitas pessoas acabam focando nas dores físicas, esquecendo que, para ser uma pessoa saudável, é primordial o cuidado com o nosso corpo e mente, pois os dois estão diretamente ligados”. Ela ainda ressalta que “aprendermos a gerenciar nossas emoções e ter equilíbrio emocional é fundamental nos momentos desafiadores de nossas vidas”.

A psicologia pode ajudar de forma abrangente, tanto no diagnóstico quanto durante todo o tratamento. O acompanhamento psicológico tem como objetivo facilitar e fornecer mais mecanismos de enfrentamento da paciente frente à doença.

A especialista da orienteme ainda comenta como a própria plataforma de saúde atua com essas pacientes que passam pelo tratamento do câncer de mama.

“Inclusive, a orienteme oferece atendimento especializado para esses casos delicados. Ao entrar na plataforma, a pessoa consegue selecionar seus principais temas de interesse no tratamento e será imediatamente conectada com um profissional especialista nessas questões”.

Além do tratamento contra os sintomas físicos e o acompanhamento psicológico da paciente, para que ela consiga lidar com todo o processo da doença desde o início, é importante também que ela esteja cercada de pessoas queridas que fiquem ao lado dela.

“Torna-se muito importante a formação de uma rede de apoio, que pode ser composta por amigos e familiares da paciente”, finaliza Renata.


 

Apoio psicológico é fundamental para tratamento do câncer de mama

Psicóloga afirma que o acompanhamento deve iniciar logo após o diagnóstico

O câncer de mama costuma afetar a vida das mulheres tanto fisicamente, com aspectos relacionados à sua imagem e também à sua sexualidade, como emocionalmente. Para ajudá-las a enfrentar o tratamento da doença, o acompanhamento psicológico é essencial. “O psicólogo ajuda a paciente a minimizar os distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão, e na aceitação da doença”, explica a psicóloga Daniele Carnelossi Gutierrez.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres, após o de pele não melanoma. A estimativa para 2022 é de mais de 66 mil mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. Segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer (Ministério da Saúde), em 2020, foram mais de 18 mil mortes pela doença: 17.825 mulheres e 207 homens. “Para o sucesso de um tratamento é muito importante o diagnóstico precoce, as chances de cura são maiores quando um tratamento acontece nas fases iniciais da doença. E após a constatação, o psicólogo ajudará a paciente a encontrar meios para que ela possa conviver melhor com a doença para também alcançar melhores resultados”, considera a psicóloga.

Durante o tratamento, o medo da morte é um dos principais sentimentos levados pelas pacientes ao consultório da psicóloga, seguido do medo da infertilidade e a impossibilidade de continuar projetos de vida que estavam em andamento. “O medo é muito intenso também durante a quimioterapia, uma das etapas mais difíceis para a paciente, pois costuma ser muito dolorosa, afeta o organismo da paciente como um todo, gerando um mal-estar físico e também vulnerabilidade emocional. Nessa fase surgem vários anseios como o medo da perda dos cabelos, que gera um impacto muito destrutivo para sua autoestima”, explana Daniele.

Segundo a psicóloga, a cirurgia para retirada de mama é outro momento que gera tensão por parte da paciente e dos familiares. “Apesar de causar muita expectativa e ansiedade, nessa etapa há possibilidade de fazer a reconstrução imediata da mama no mesmo momento da cirurgia, isso diminui bastante o impacto emocional”, pondera.

Acompanhamento psicológico: adaptação à nova realidade

O tratamento psicológico leva em consideração uma série de fatores como idade, momento de vida, expectativas e planejamento. O psicólogo vai ajudar na adaptação à nova realidade. “É muito comum nesse processo a negação da doença, tanto por parte da paciente como dos familiares. Com isso, o acompanhamento auxilia também os familiares, principalmente os mais próximos”, orienta.

O acompanhamento deve acontecer desde o primeiro momento, a partir do diagnóstico. “Levando em consideração a nossa realidade social, é importante que o oncologista observe e perceba as dificuldades emocionais da paciente e a encaminhe aos serviços de psicologia e psiquiatria, pois pode acontecer delas desenvolverem quadros depressivos e ainda se isolarem socialmente, o que pode prejudicar o seu tratamento”, alerta.

No processo terapêutico, a paciente é acolhida individualmente para o entendimento das suas emoções e da sua realidade. “São trabalhados os seus medos, anseios e angústias frente à doença e junto a tudo isso, também a aceitação da doença”, detalha e acrescenta: “Quando acontece a aceitação é bem possível que ocorra também melhorias na qualidade de vida dessa paciente”. Em um momento seguinte, a família é chamada para um trabalho conjunto com a paciente.

Além do diagnóstico precoce e do acompanhamento psicológico, Daniele lembra sobre a prevenção. “É muito importante que as mulheres façam o autoexame de forma regular independentemente da idade e solicitem junto ao médico ginecologista, exames de ultrassom e mamografia”, salienta.

Redação

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