HEMOTION 2020 reúne comunidade médica para apresentar perspectivas para o tratamento de hemofilia

O HEMOTION 2020 reuniu médicos e especialistas no início deste mês em um exclusivo evento virtual para debater os avanços do tratamento da Hemofilia A no Brasil e no mundo além marcar oficialmente o retorno da Bayer ao Brasil neste segmento. Apoiado pela Bayer e sob o tema “Movidos pelo bem-estar do paciente”, o encontro abordou a evolução do tratamento através da apresentação de importantes estudos da área e trouxe um panorama de como esta doença genética afeta cerca de mais 10 mil pacientes no país.

O debate contou com a participação de especialistas internacionais, incluindo Dr. Miguel Escobar, Diretor do Centro Gulf States Hemophilia & Thrombophilia e Dr. Mark Reding, Diretor do Centro Bleeding and Clotting Disorders e foi coordenado pela Professora Doutora Margareth Ozelo, Diretora da unidade de hemofilia IHTC que apresentaram a experiência global de dois tratamentos recentemente aprovados no Brasil: JIVI®, uma nova tecnologia com meia-vida estendida e Kovaltry®, com diferencial de 3ª geração, que permite um menor número de infusões e maior qualidade de vida aos pacientes portadores de hemofilia A.

“Eventos como este são muito importantes, pois temos a oportunidade de conhecer as novidades disponíveis para que possamos decidir qual se adequa melhor ao nosso paciente. No momento temos tratamento, mas sem a possibilidade de escolher o mais adequado para cada caso, explica Dra. Clarissa Barros Ferreira, hematologista do Hemocentro Rio Grande do Sul.

Presente no evento, a médica hematologista e hemoterapeuta do Hemopa, Dra. Ieda Pinto avaliou o encontro como muito relevante para o setor. Além disso, a médica ressaltou que é importante conhecer novas opções de tratamento para apoiar as demandas dos pacientes. Segunda ela, avaliar os prós e contras é fundamental em uma país que tem escassez de verbas como o nosso.

Já a hematologista pediátrica do serviço de hemofilias e coagulopatias hereditárias da UNIFESP, Dra. Christiane Pinto, explicou que discutir hemofilia no Brasil sempre é relevante, principalmente o que temos disponível e de que forma é possível mudar o programa atual. “Olhar para esse tema no país precisa envolver tratadores, pacientes e o Ministério da Saúde, que é responsável pelo programa nacional de coagulopatias,”completou a especialista.

Hemofilia A

A hemofilia afeta aproximadamente 400.000 pessoas em todo o mundo e é uma doença amplamente hereditária em que uma das proteínas necessárias para formar coágulos sanguíneos está ausente ou reduzida.2, A hemofilia A é o tipo mais comum de hemofilia, na qual a coagulação do sangue é prejudicada porque há uma ausência ou deficiência na produção do FVIII (proteína essa responsável pela coagulação).2 Os pacientes experimentam repetidamente sangramentos nos músculos, articulações ou outros tecidos, o que pode resultar, de forma frequente, em danos crônicos nas articulações ao longo do tempo.2,3 Os sangramentos podem ter consequências graves se não forem tratadas de forma adequada, pois o sangue coagula mais lentamente em pacientes com hemofilia do que em indivíduos saudáveis. ,

A hemofilia A tem uma frequência estimada de 1 em 5.000 nascidos vivos do sexo masculino, afetando pessoas em todo o mundo.2 Por exemplo, existem aproximadamente 6.000 pessoas com a doença na França, 3.500 na Alemanha e 13.000 nos EUA hoje.

Redação

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