Hospital Angelina Caron cria “Vidômetro” para valorizar a sobrevida de pacientes transplantados

Um grande painel digital intitulado “Vidômetro” mostra, na entrada do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba (PR), quantos dias de vida foram gerados pelos 1,1 mil transplantes de órgãos vitais já realizados pelo Hospital Angelina Caron, um dos maiores parceiros do Sistema Único de Saúde (SUS), referência nacional que atrai pacientes de todo o Brasil para suas instalações em Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba.

O número inicial estampado no placar era gigantesco: 1.449.050. E cresce à razão de um dia de vida a cada seis minutos. Ou seja, até agora, mais de 1,4 milhão de dias de vidas puderam ser desfrutados pelas pessoas que receberam um ou mais órgãos. O cálculo é feito a partir de um dado da Organização Brasileira de Transplantes de Órgãos, considerando que 70% dos transplantados têm uma sobrevida média de cinco anos.

O painel é uma das principais peças da campanha desenvolvida pelo Grupo Bitcoin Banco em parceria com o Hospital Angelina Caron, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o melhor investimento que alguém pode fazer: na vida. A ideia é pensar no hospital como se fosse um banco e no que ele ofereceria de rentabilidade para os clientes.

Ao dar visibilidade para os dias de vida produzidos pelos transplantes, o Vidômetro é uma ferramenta que permite ao HAC prestar contas sobre o “saldo” desse banco e ajuda a reduzir as negativas no processo de doação, ainda uma realidade que aumenta as filas de doentes à espera de um órgão.

“A doação de órgãos é uma questão social. O Angelina Caron entende o seu papel na conscientização das famílias e na luta contra a desinformação. A campanha é um alerta para doadores, possíveis doadores e famílias que talvez um dia tenham que decidir em nome de alguém”, explica o gestor de investimento social do HAC, André Vieira.

Para a vice-presidente do Grupo Bitcoin Banco, Heloisa Ceni, conceber a campanha é mais uma grande oportunidade de “transformar a vida de milhares de pessoas”. O apoio a causas de impacto social com iniciativas inovadoras é um dos pilares do grupo empresarial, que em apenas um ano se tornou um dos maiores da América Latina em transações com criptomoedas.

Além do Vidômetro físico, a agência de publicidade Fork Content, que faz parte do Grupo Bitcoin Banco, criou um painel digital que faz a contagem diária de novos dias de vida gerados pelos transplantes. Ele pode ser visto na landing page www.invistoemvidas.com.br, que exibe o videocase que completa a campanha. No Facebook, o filtro “invisto em vidas” pode ser adicionado à foto do perfil e um quiz permite ao internauta avaliar seu perfil de investidor e o incentiva a dar o próximo passo: ser um doador de órgãos e investir em vidas.

Superando a desinformação

No Brasil, a doação de órgãos depende da concordância da família. Após a morte encefálica do paciente, as equipes envolvidas no processo procuram os familiares e explicam sobre a possibilidade da doação dos órgãos. A estimativa é que 43% das famílias rejeitem a doação, segundo o Ministério da Saúde. Infelizmente, apesar do crescimento no número de doações, a quantidade de negativas continua alta. Na Espanha e Estados Unidos, por exemplo, o índice de recusa é de aproximadamente 20%. Por isso, a conversa com a família é fundamental para reduzir a rejeição.

Como ser um doador

Qualquer pessoa pode doar órgãos. No caso dos doadores vivos é preciso concordância e que não prejudique a saúde do doador. Pessoas em vida podem doar um dos rins, parte do fígado, do pulmão ou da medula óssea. A legislação autoriza que parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes podem doar com autorização judicial.

Para os casos dos doadores falecidos é necessário que seja constatada morte encefálica e que ocorra o consentimento da família. Por isso é tão importante o diálogo com os familiares e amigos e a manifestação expressa do seu desejo de doar órgãos após a morte.

Redação

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