Hospital Estadual Adão Pereira Nunes em parceria com o meio ambiente

Salvar vidas e cuidar de pessoas vai muito além da prática da medicina realizada dentro de um hospital. A cada ano que passa, a preservação de recursos naturais se faz ainda mais necessária para a sobrevivência no planeta e, pensando nisso, o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (RJ), desenvolve uma série de ações de sustentabilidade. Apenas em 2017, a unidade já reaproveitou cerca de 27,5 toneladas de resíduos, o que corresponde ao peso de 24 estátuas do Cristo Redentor. Além de dar nova finalidade a essa “pilha de lixo”, a unidade também se tornou um ponto de coleta para óleo de fritura na região.

Para organizar todo esse montante e não desperdiçar nada, a unidade conta com um setor de Gerenciamento de Resíduo Sustentável que frequentemente cria campanhas para conscientizar pacientes, funcionários e moradores da região. Papelão, papel, plástico, metal e caixinhas de leite tem destino certo: a reciclagem. Além disso, mais de mil litros de óleo de fritura e 2.297 litros de resíduo químico radiológico já foram recolhidos pelo hospital.

Ir além da assistência em saúde prestada no SUS é um dos objetivos da unidade, que visa promover a responsabilidade social, por meio de melhorias do coletivo. “A cultura de preservação do meio ambiente e o reaproveitamento do que parecia não ser mais útil nas nossas unidades resultam em benefícios não só para a comunidade, mas também aos profissionais. Ao mesmo tempo que garantimos um futuro mais sustentável, colaboramos com a melhoria da vida dessas pessoas que, por sua vez, se sentem motivadas em ajudar o próximo”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr.

O resultado disso, além da conscientização ambiental, é economia e reaproveitamento inteligente de um material que viraria lixo. De todos esses resíduos, foram reciclados, em 2017, mais de 20 toneladas de papelão, 1,4 toneladas de papel, 1 tonelada de plástico, 345 kg de metal, 3.593 kg de caixinha de leite e, ainda, 242 kg de películas de raios X e quase 3 mil litros de revelador/fixador. Todo esse material é transformado em blocos de papel reciclado, sacolas retornáveis, lixeiras, gasolina para serviço de roçagem na área externa, reforma em portas do abrigo de resíduos, confecção de travesseiros para os pacientes, entre outras utilidades.

“Estas iniciativas incentivam o espírito de solidariedade para que tenhamos um mundo melhor, onde as pessoas tenham conhecimento da importância da reutilização e transformação das matérias-primas”, explicou Amanda Marinho, coordenadora do projeto de Gerenciamento de Resíduo Sustentável da unidade.

A unidade também se tornou ponto de coleta de óleo de fritura e já beneficiou dezenas de pessoas com essa ação. O material recolhido não apenas é descartado de maneira correta, como ainda se transforma em produto de limpeza para ser distribuído entre os colaboradores. Funciona da seguinte forma: a cada dois litros de óleo entregue no hospital, o usuário recebe um frasco de detergente biodegradável para levar para casa. O processo é realizado por uma empresa em soluções ambientais, em parceria com o HEAPN.

“Antes de conhecer o projeto, eu e minha mãe jogávamos o óleo de fritura utilizado não só de casa, mas aqui da barraca, no lixo comum. Nós não sabíamos que era prejudicial ao meio ambiente e descobrimos depois que conhecemos o projeto através da Amanda (coordenadora do projeto), que nos abordou explicando os benefícios e funcionamento da troca. Agora, além de colaborar com o meio que vivemos, ganhamos o detergente que serve para a limpeza das bandejas e equipamentos da barraca”, declarou o ambulante Thiago Luiz, que trabalha na região.

Redação

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