Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que no Brasil, 15% das mulheres ou sete milhões, sofrem com a endometriose. A doença – que atinge uma a cada dez em idade reprodutiva, com idades entre 15 e 45 anos – afeta 176 milhões de mulheres no mundo, sendo responsável pela metade dos casos de pacientes que não conseguem engravidar.
Com o intuito de discutir as inovações no tratamento, diagnóstico e abordagem da endometriose, o Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte (MG), realiza no dia 4 de agosto o “I Simpósio do Núcleo Integrado de Pesquisa e Tratamento da Endometriose”, no Núcleo de Ciências da Saúde do hospital. Direcionado aos médicos, o evento discutirá temas como a relação entre os exames de imagem e a endometriose; a reprodução assistida e a endometriose; o tratamento clínico; e a presença da doença nos ovários, sistema urinário e intestino.
No sábado do dia 28 de julho, o hospital promoverá em seu ambulatório, uma ação de atendimento presencial e gratuito à pacientes que queiram entender e saber mais sobre sintomas e tratamento da endometriose. As vagas são limitadas e esse atendimento acontecerá mediante agendamento que deve ser feito pelo telefone (31) 3514-7685 do Núcleo de Pesquisa da Saúde do Hospital. Ainda por este mesmo número, entre os dias 30 julho e 2 de agosto, de 12h ás 13h, representantes do Núcleo vão esclarecer dúvidas de qualquer pessoa que queira saber sobre as características da doença.
De acordo com o ginecologista e coordenador do Núcleo Integrado de Pesquisa e Tratamento da Endometriose do Hospital Felício Rocho, João Oscar de Almeida Falcão Junior, ao serem diagnosticadas com a doença, muitas mulheres ficam perdidas na procura por tratamento, pois a doença atinge várias partes da região pélvica e se comporta de maneira diferente em cada paciente, assim se torna necessário um atendimento multidisciplinar e especializado. “Por mais que o ginecologista seja a referência da mulher para as questões de saúde, em especial para a endometriose, é necessário muitas vezes uma abordagem que vai exigir a atuação de um proctologista, urologista ou de outros profissionais. Então, o objetivo do núcleo é oferecer um espaço em que as pacientes tenham fácil acesso a estes especialistas, sendo atendida em todas as suas necessidades para o tratamento da doença”, ressalta.