Hospital Mãe de Deus adota nova tecnologia para desobstruir artérias coronárias

As artérias coronárias são primordiais para o funcionamento adequado do nosso sistema cardiovascular e, por isso, qualquer bloqueio traz impactos significativos para o organismo, com risco de evoluir para problemas graves como o infarto do miocárdio. Para os casos em que ocorre a calcificação das placas de gordura que interrompem a passagem do sangue, o Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre (RS), conta agora com um tratamento inovador: a litotripsia intracoronária, com a tecnologia Shockwave ®.

A técnica funciona de forma similar à usada para o tratamento de pedras nos rins. Nela, utiliza-se um balão, inserido via cateter, para aplicar ondas sonoras capazes de quebrar placas calcificadas, que são compactações dentro das artérias coronárias, liberando o local para a colocação do stent e o reestabelecimento do fluxo sanguíneo.

É uma ótima opção para quem possui calcificações significativas, um problema que atinge entre 10% e 15% dos pacientes com obstruções. Para essas pessoas, o método rotineiramente utilizado, que consiste na colocação de uma balão dentro da coronária para a dilatação da placa e a aplicação do stent, um tubo expansível introduzido para restaurar o fluxo sanguíneo, nem sempre funciona, já que o balão não apresenta força suficiente para empurrar o material, que é de maior rigidez.

“Para esses casos, o procedimento habitual se torna mais demorado e arriscado, podendo até romper a coronária. O novo dispositivo vai mudar bastante o panorama dessas angioplastias, trazendo mais segurança, uma recuperação mais rápida e efetiva e evitando até cirurgias de peito aberto”, explica Alexandre Quadros, cardiologista intervencionista do Corpo Clínico do HMD.

A primeira cirurgia desse tipo realizada no HMD beneficiou um paciente que já tinha tentado a desobstrução outras duas vezes sem sucesso, demonstrando a importância dessa nova alternativa. “Esse caso ilustra bem o que essa técnica agrega, nos permitindo fazer procedimentos que antigamente conseguíamos somente com muito esforço, risco para o paciente e, às vezes, sem sucesso”, ressalta Quadros.

Redação

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