Hospital Moinhos de Vento apresenta Núcleo de Alergia e Imunologia

Apesar dos números ainda serem escassos, estima-se que 39% dos brasileiros sofrem de rinite alérgica, 21% de asma e 8% de dermatite atópica. O levantamento é do The International Study of Asthma And Allergies in Chilhood (Isaac). Atento a esses dados, o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), está disponibilizando o Núcleo de Alergia e Imunologia, que oferece atendimento completo aos pacientes adultos e pediátricos que sofrem de doenças alérgicas e imunológicas.

Segundo a alergista e imunologista, Helena Fleck Velasco, a proposta é oferecer um serviço que atende globalmente os pacientes em todas as suas necessidades, desde o diagnóstico correto, com testes de alergia, até tratamentos e acompanhamento de suas patologias. “A grande maioria das doenças alérgicas não são fatais, mas crônicas e por não existir uma cura específica, as pessoas convivem com elas e controlam como podem. Mas, hoje, o acompanhamento com o especialista adequado, terapia com medicações novas e modernas, além de orientações específicas, podem melhorar muito a qualidade de vida desses pacientes. Em casos graves, existem tratamentos que salvam vidas, como a caneta de adrenalina para alergias alimentares, por exemplo”, explica a especialista.

No Núcleo de Alergias e Imunologia, serão atendidos pacientes com problemas respiratórios como asma, rinite, conjuntivite alérgica. O diagnóstico será feito com testes alérgicos. Também serão tratadas alergias alimentares, mais prevalentes na infância, provocadas principalmente por leite e ovo, mas também as presentes em adultos, como as causadas por crustáceos, camarão e amendoim. “Nesses pacientes, precisamos realizar exames para investigar e diagnosticar a doença, fazer a orientação e acompanhamento para a utilização da caneta de adrenalina em crises de anafilaxia”, pontua Helena.

O núcleo é coordenado pelos alergistas e imunologistas Helena Fleck Velasco, Giovanni Marcelo Siqueira Di Gesu e Renan Augusto Pereira.

Tratamento para casos complexos

O espaço também é voltado a pessoas com alergias a medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios e quimioterápicos. “De cada dez pessoas que acreditam possuir alergia à penicilina, por exemplo, apenas uma possui”, pondera a médica. No caso dos quimioterápicos, existe um protocolo de tratamento de dessensibilização, no qual são oferecidas doses mais reduzidas do remédio quando a substituição não for possível. “Assim, tentamos adaptar o organismo para tolerar a medicação e evitar reações”, esclarece.

O núcleo atende ainda pacientes que sofrem de doenças chamadas erros inatos da imunidade ou imunodeficiências primárias. São problemas que têm início na infância ou mesmo na idade adulta e que, em função de um defeito genético no sistema imunológico, provocam infecções de repetição, sintomas de autoimunidade, alergias graves e predisposição a neoplasias.

Núcleo de Alergia e Imunologia

O novo serviço funciona no 11º andar do bloco B do Hospital Moinhos de Vento (rua Tiradentes, 333). As consultas e avaliações podem ser feitas pelos convênios do hospital, mas os testes somente particulares.


 

Hospital Moinhos de Vento treina equipes de saúde de Florianópolis para atuação no estudo POP-Brasil

O Hospital Moinhos de Vento está capacitando equipes de 10 unidades básicas de saúde de Florianópolis que vão atuar no Estudo de Prevalência do Papilomavírus no Brasil (POP-Brasil). A pesquisa tem como principal objetivo avaliar o impacto da vacinação contra o HPV em todas as regiões do país. As pesquisadoras da instituição chegaram na capital catarinense na última terça-feira (10), e encerram o treinamento dos profissionais da Prefeitura de Florianópolis nesta quinta-feira (12).

Eles estão sendo capacitados para realizar uma nova edição de coleta de dados e de testagem, no mesmo modelo usado entre 2015 e 2017 — primeira etapa do estudo. As coletas de dados, de sangue e de material genital e anal serão efetuadas mediante entrevistas feitas por profissionais de saúde. As amostras serão utilizadas para testes de anticorpos específicos contra os tipos de HPV incluídos na vacina.

“O objetivo é reproduzir o método e comparar os resultados para avaliar se houve diminuição da prevalência ou persistência da infecção em indivíduos vacinados”, explica a líder do projeto e pesquisadora do Hospital Moinhos de Vento, Eliana Wendland. A médica acrescenta que o estudo é essencial para avaliar e determinar os próximos passos a serem seguidos na vacinação contra o HPV no Brasil.

Em todas as capitais do país, cerca de 15 mil mulheres e homens de 16 a 25 anos serão examinados por meio de coletas feitas nos centros de saúde de cada cidade. O estudo será finalizado em 2023, período previsto para que uma boa parcela de brasileiros desta faixa etária seja analisada antes e após a imunização.

Estudos sobre o HPV

Desde 2015, o Hospital Moinhos de Vento, em parceria com o Ministério da Saúde, lidera um trabalho epidemiológico nacional sobre o HPV, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). A iniciativa busca avaliar o impacto da infecção pelo papilomavírus humano em três estudos: POP-Brasil (avalia a prevalência de HPV nacionalmente, monitorando o impacto da vacinação), SMESH (avalia a prevalência de HPV em populações de alto risco) e STOP-HPV (avalia a associação de HPV e câncer de cabeça e pescoço). Em 2020, o estudo POP-Brasil mostrou que o HPV atinge igualmente todas as classes sociais no país. Os dados mostram prevalência da infecção em 51% da classe A-B, 53% da classe C e 55% da classe D-E.

O HPV é um vírus infeccioso e sexualmente transmissível. Além disso, pode ser responsável pelo desenvolvimento de diversos tipos de câncer como o de colo uterino, orofaringe, pênis e vagina.

Redação

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