Fórum dedica atenção às duas principais causas de morte no país: câncer e doenças cardiovasculares

Promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), o ‘II Fórum Brasil: Câncer e Doenças Cardiovasculares, Desafio de Todos’ será realizado nos dias 28 e 29 de julho. O evento online contará com a presença de 25 palestrantes nacionais e internacionais, entre eles, Anselm Hennis, diretor do Departamento de DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) e Saúde Mental da Organização Panamericana da Saúde (OPAS), que trabalha na sede da entidade, em Washington (DC).

A programação da quarta-feira (28) será dedicada à oncologia e na quinta-feira (29) o evento se concentra nas doenças crônicas e cardiovasculares. O principal objetivo do II Fórum Brasil do LAL é contribuir para o desenho e implementação de estratégias para as políticas públicas de saúde que atendam às necessidades da população afetada por tais enfermidades. O evento é gratuito e as inscrições devem ser feitas no site do LAL.

De acordo com Marlene Oliveira, presidente do Instituto LAL e mentora do evento, o intuito do Fórum é fomentar a discussão de temas que afetam diretamente a saúde dos brasileiros e que são as duas principais causas de morte no país e no mundo. Somente entre 1º de janeiro e 20 de julho deste ano, mais de 222 mil pessoas morreram no Brasil vítimas de doenças cardiovasculares e, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2020, as mortes por câncer no país atingiram 232 mil pessoas.

“Nesta edição do Fórum, não poderemos deixar de incluir na agenda o impacto da Covid-19 na queda de diagnósticos e tratamentos do câncer e das doenças cardiovasculares, mas o objetivo maior é discutir a realidade de doenças crônicas que assolam o Brasil há anos e que pedem uma ação conjunta do governo e da sociedade civil para sanar os problemas e ultrapassar as barreiras como a dificuldade de acesso e financiamento. Reuniremos profissionais de renome para construirmos um debate consistente e propositivo sobre esses temas, trazendo a contribuição internacional que muito pode nos inspirar”, afirma a presidente do LAL.

Entre os destaques da programação do dia 28 de julho estão temas como os desafios da oncologia no Brasil e as diretrizes de prevenção e controle do câncer e o financiamento dos diagnósticos e tratamentos. Dentre os debatedores deste dia estarão Rogério Scarabel, diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); o presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (ABRAMGE), Renato Freire Casarotti e as deputadas federais Carmem Zanotto, presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde e Silvia Cristina, presidente da Frente Parlamentar em prol da luta contra o câncer.

O dia 29 será dedicado às doenças crônicas e cardiovasculares e logo na abertura traz a palestra internacional do diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Organização Panamericana da Saúde (OPAS), Anselm Hennis, que falará aos participantes sobre os ‘Cuidados continuados para pessoas que vivem com DCNTs durante e após a pandemia da Covid-19’.

A programação deste dia se dedica, principalmente, ao enfrentamento das doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca, levando em consideração o envelhecimento da população e os fatores de risco como, por exemplo,  colesterol e hipertensão.

O workshop internacional sobre as valvopatias, doença que impacta o funcionamento das válvulas do coração, terá com ênfase o impacto da febre reumática, que atinge principalmente populações de países em desenvolvimento como o Brasil, e o envelhecimento, mais prevalente nos países europeus. O debate reunirá os cardiologistas brasileiros Ariane Macedo (Santa Casa de São Paulo); Fabio Gaiotto (INCOR) e José Armando Mangione (BP, a Beneficência Portuguesa) e dois representantes de organizações de pacientes internacionais, Wil Woan, da Heart Valve Voice, do Reino Unido; e Carlos Castro, da Pacientes de Corazón, do México, que irão compartilhar experiências de enfrentamento e ações de políticas públicas desenvolvidas nesses países e que podem nos inspirar a criar diretrizes de enfrentamento da doença, considerando o aumento da expectativa de vida no Brasil.

“Falar de enfrentamento de doenças crônicas como as cardiovasculares e o câncer é falar de políticas públicas eficazes que garantam acesso da população ao diagnóstico precoce e tratamentos; promovam equidade e tenham um olhar para a prevenção, a promoção da saúde e a participação social da população nas discussões e proposições”, finaliza Marlene.

Para conferir a agenda e outras informações basta acessar o portal do LAL.

Redação

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