Insônia na mulher: como o ginecologista pode ajudar

Nem sempre as pacientes levam o problema ao consultório. Só quando indagadas pelo ginecologista se têm problemas relacionados ao sono, elas confirmam. Insônia é problema sério e jamais pode ficar em segundo plano, é bom alertar a todos. Uma noite bem dormida faz toda a diferença para a prevenção de doenças cardiocerebrovasculares (AVC, arritmias, infarto), metabólicas (obesidade, diabetes e prejuízo no crescimento), prejuízos da atenção e sonolência excessiva diurna – com risco de acidentes, dificuldades de aprendizado, memória e cognitivas em geral, transtornos na regulação imunológica, transtornos do humor e do comportamento, só para citar alguns exemplos.

Há diversos tipos de insônia/distúrbios do sono. Ao ginecologista, que por vezes cumpre o papel de clínico da mulher, é essencial detectar o sintoma, compreender os motivos do acometimento da paciente e identificar os melhores caminhos para ajudá-la.

“A insônia pode aparecer em diferentes fases da vida da mulher. Na puberdade, na menarca, durante o período reprodutivo, quando há oscilações hormonais do ciclo menstrual e no climatério”, afirma Elizabeth Jehá Nasser, presidente da Regional ABC. A insônia pode se fazer presente na síndrome pré-menstrual, na menopausa e na senescência, por vezes caracterizada como dificuldade em adormecer. Daí a necessidade de estarmos preparados para o diagnóstico e tratamento.

A palestrante principal será Alexandrina Meleiro, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, vice-presidente da Comissão de Atenção à Saúde Mental do Médico da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ela pondera que o sono ocupa cerca de um terço da vida de uma pessoa e, se desregulado, pode causar alterações no ciclo menstrual, na pressão arterial, glicemia etc.

“É em meio ao sono que o cérebro faz a desintoxicação de todo estresse e acúmulo do dia, para relaxar a mente e o físico também. Dormindo bem, reduzimos níveis de ansiedade, de depressão, entre outros distúrbios de saúde”.

Os debates da live ABC serão coordenados pela presidente Elizabeth Nasser e pelo diretor científico da Regional, Rogério Tadeu Felizi. A transmissão ocorre via portal da Sogesp com acesso restrito a médicos e acadêmicos de Medicina.

Redação

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