Junho verde: o que fazer ao identificar uma possível escoliose?

Junho Verde é o mês da conscientização da escoliose, desvio na coluna que pode causar dor, problemas respiratórios e até neurológicos. Há dois períodos da vida em que se deve estar particularmente atento ao surgimento de escoliose: adolescência, época da puberdade e após os 60 anos, período em que a escoliose pode surgir por degenerações (envelhecimento) das estruturas anatômicas da coluna. O Hospital Ortopédico AACD é referência no tema e este mês reforça a importância do diagnóstico e tratamento precoces, bem como realiza o I Simpósio de Escoliose AACD, dias 24 e 25 de junho, em São Paulo (SP).

Existem quatro tipos de escoliose: a idiopática, de causa desconhecida, que é o tipo mais comum; a congênita, que ocorre quando há uma malformação na coluna; a sindrômica, em que a pessoa tem uma síndrome e uma das manifestações é o desvio na coluna; e a neuromuscular, em que o paciente tem um problema neurológico ou muscular que compromete a sustentação do tronco e desenvolve um desvio da coluna.

Tratamento precoce é fundamental

“Ao sinal de algum desvio na coluna, é muito importante que o paciente ou responsável procure o ortopedista o quanto antes, pois esse profissional poderá indicar o que é mais adequado. Em alguns casos, é preciso apenas observar e realizar acompanhamento periódico, em outros, podem ser necessárias algumas terapias e uso de colete ortopédico. Também há casos em que é necessária uma intervenção cirúrgica”, afirma a Dra. Daniella Neves, diretora médica da AACD.

Segundo ela, a grande maioria dos pacientes chega ao consultório já com um certo agravamento da doença, o que torna o tratamento mais caro, difícil e doloroso. Com o diagnóstico e acompanhamento adequados, as cirurgias podem ser evitadas em até 70% dos casos. “Quando há necessidade de cirurgia, que atualmente é mais segura e resolutiva, é fundamental que não se postergue por muito tempo, sob o risco de levar a uma piora do quadro, aumento dos riscos e resultados menos satisfatórios”, finaliza.

O Hospital Ortopédico AACD realiza cerca de 500 cirurgias de escoliose por ano. Apenas em 2019, a instituição foi responsável por cerca de 42% das cirurgias brasileiras realizadas por convênios (358 dos 850 procedimentos realizados), de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose afeta de 2% a 4% da população mundial, sendo mais prevalente entre as meninas.

Redação

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