Médicos e dentistas brigam na Justiça pelo direito de operar rosto: Estética facial vai movimentar US$ 35,7 bilhões até 2023

Uma lei de 1966 e liminares recentemente conquistadas estão permitindo que dentistas se aventurem no ramo dos procedimentos estéticos realizados na face. Trata-se de técnicas de correção de imperfeições no nariz, sobrancelhas, pálpebras, orelhas, rosto e pescoço. Ao se falar em dentistas, a primeira ideia que vem à mente é que são profissionais essencialmente relacionados à resolução de problemas na boca. Dessa forma, por que se envolver com atividades que não condizem com seus conhecimentos? “Essa é uma visão errônea, esses odontólogos têm a plena capacidade para fazer tais tratamentos”, afirma Thiago Marra, cirurgião plástico e presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde (Abrapros). Ele oferece cursos de cirurgia estética direcionados a dentistas: “Já ensinei esse o procedimento a mais de trezentos dentistas”. Marra é o principal defensor de que eles se aperfeiçoem na área da medicina plástica — foi ele quem entrou na Justiça para garantir que alguns odontólogos pudessem realizar os procedimentos.

Uma das beneficiadas foi a cirurgiã dentista mineira Milena Priolli Satriani, a primeira dentista brasileira a ganhar uma liminar que permite a realização de cirurgias plásticas faciais no Brasil, um evento histórico para a Odontologia. A defesa do caso de Milene Priolli Satriani se baseou na legislação de 2019, que possibilita a cirurgiões dentistas como ela, com formação compatível, realizar procedimentos de Harmonização Orofacial. Ela é especialista em rinomodelação e teve uma liminar de atuação na área estética aprovada, assim como dezenas de outros profissionais da Odontologia no Brasil.

A área da odontologia estética cresceu 300% nos últimos 5 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Odontologia e Estética (SBOE). Além da harmonização facial, as cirurgias na pálpebra, bichectomia e rinoplastica foram as mais realizadas por dentistas, que apresentam uma redução de preço de 80% em comparação com cirurgiões plásticos. O Brasil lidera o ranking mundial de pacientes que buscam estética facial. Foram realizados 483,8 mil procedimentos durante o período de um ano e com o aumento da demanda nos consultórios odontológicos, estima-se que Odontologia Estética deverá movimentar US$ 35,7 bilhões até o ano de 2023.

De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), 20% dos dentistas presentes no mundo estão no Brasil distribuídos em 23 especialidades odontológicas. 57% dos profissionais que executam tratamentos estéticos encontram em apenas três Estados – cerca de 33% estão em São Paulo, enquanto Minas Gerais e Rio de Janeiro têm, cada um, aproximadamente 12%.

O que é preciso saber antes de realizar a harmonização?

Antes de realizar o procedimento é indicado consultar um especialista, para saber qual é o melhor tratamento para o tipo rosto..

Cuidados após a harmonização facial

Diferentemente das cirurgias plásticas, o procedimento não é restritivo e o paciente pode voltar às suas atividades normalmente, desde que elas não exijam muito esforço físico.

  • Não praticar atividades físicas no dia da aplicação;
  • Evitar exposição ao sol;
  • Usar os medicamentos tópicos prescritos pelo dermatologista;
  • Não massagear o local.
Redação

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