Médicos e pacientes falam sobre a praticidade da telemedicina em tempos de pandemia

Mais de 10 mil médicos, de 22 estados brasileiros e o Distrito Federal, já estão utilizando uma plataforma para atendimento remoto criado pelo iMedicina, de Belo Horizonte, e disponibilizada gratuitamente pela internet. São Paulo e Minas Gerais são os estados onde os médicos mais têm utilizado o recurso, desde a sua regulamentação pelo Ministério da Saúde (Portaria 467/20). Das mais de 30 especialidades registradas na ferramenta, as quatro mais procuradas são psiquiatria; ginecologia; endocrinologia; nutrologia e cirurgia de cabeça e pescoço.

Há pouco mais de um mês, a médica neurologista Gabriela Pimentel, de São Paulo (SP), e seus sócios decidiram fechar temporariamente o consultório, tendo em vista a necessidade de isolamento social e a impossibilidade de contato direto com os pacientes. Nesse cenário, a plataforma de telemedicina permite a ela manter o acompanhamento de pacientes e outros casos durante a pandemia, comuns nesta época de isolamento social, como os quadros de insônia. “Posso ajustar medicamentos e dar suporte terapêutico para este momento de crise em que há fases de ansiedade, depressão ou até enxaqueca devido ao aspecto emocional do paciente”, relata.

Olho no olho

Gabriela Pimentel diz que com os pacientes antigos não tem tido dificuldades para perceber alterações de humor ou outros detalhes comportamentais. “Eles já são meus pacientes, eu já os conheço. Então, eu olho no olho deles e consigo perceber. Como primeira consulta, em que o contato presencial é bem mais importante, tive até o momento apenas uma paciente, mas foi um quadro de ansiedade, mais fácil para tratar”.

Paciente de Gabriela Pimentel, Adriana Milagre, avalia o uso da plataforma no momento de quarentena como “primordial” para lhe dar a segurança do acompanhamento do seu caso. “O resultado é sensacional”, afirma. Ela considera que o atendimento tem sido prático e funcional. “Ela (a ferramenta) me lembra da consulta e emite a receita digital, que é aceita nas farmácias”.

Na mesma linha, o médico psiquiatra Conrado Pires, que mora em São João del-Rei (MG), já atendeu vários pacientes usando a plataforma do iMedicina e destaca alguns pontos da modalidade no contexto atual. “Nesse cenário de pandemia, em que as pessoas estão mais ansiosas e com medo, é fundamental que os pacientes continuem seus tratamentos. A minha experiência com consultas por meio de vídeos tem sido excelente. Com os recursos certos e uma plataforma segura, consigo continuar a atender com qualidade e de forma mais rápida e assertiva do que via WhatsApp ou ligação telefônica”, completa.

Segurança

Idealizador da plataforma, o médico oftalmologista e CEO da iMedicina, Raphael Trotta, destaca que uma grande vantagem deste recurso é permitir mais cuidado, segurança e aproximação com pacientes que teriam mais dificuldade de deslocamento a consultas, principalmente no caso de idosos e pessoas com deficiência física.

Para criar o módulo de telemedicina, o iMedicina reuniu um time de mais de 70 desenvolvedores que elaboraram, de forma solidária, uma plataforma abrangente, incluindo todas as boas práticas de mercado, como certificação digital, criptografia de dados, entre outros. O resultado foi uma plataforma segura, em conformidade com a lei, que oferece o módulo de telemedicina, de forma gratuita, para todos os médicos do país. Para ter acesso, basta o profissional se cadastrar na plataforma imedicina.com.br/telemedicina.

Redação

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