Mesmo com recursos disponíveis, incidência dos erros diagnósticos ainda é preocupante

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cinco pessoas morrem por minuto devido a tratamento inadequado. Outro dado do Instituto de Medicina da academia de ciências norte-americana aponta que todo cidadão nos Estados Unidos será vítima de, no mínimo, um erro diagnóstico ao longo da vida. A discussão sobre medicina diagnóstica e os desafios do setor será feita por Wilson Shcolnik, presidente da Associação Brasil de Medicina Diagnóstica (ABRAMED), durante o 22º Congresso Internacional UNIDAS.

“Embora tenhamos muitos recursos disponíveis, mesmo em países desenvolvidos, a incidência dos erros diagnósticos ainda é preocupante, afetando diretamente a segurança dos pacientes”, afirma o médico, que fará a discussão durante o painel “Desafios para a sustentabilidade do sistema de saúde privado no Brasil”.

Para Shcolnik, a medicina personalizada pode ser uma das soluções para o problema que ainda é recorrente. “Os exames complementares, laboratoriais ou de imagem, podem contribuir para auxiliar os médicos tanto em ações de promoção de saúde, gerenciamento e prevenção de doenças, como na definição rápida de diagnósticos e seleção de tratamentos para cada caso. Hoje, a medicina personalizada já é uma realidade”.

O médico acredita que o grande desafio do setor está relacionado com a utilização racional dos exames, que muitas vezes são pouco realizados ou empregados em excesso. Para superar esse desafio, é necessário realizar investimentos em educação e atualização médica.

De acordo com Shcolnik, as novas tecnologias beneficiam a área da medicina diagnóstica. “Hoje dispomos de ferramentas que nos permitem avaliar a custo-efetividade das novas tecnologias. No setor de medicina diagnóstica há recursos que, embora sejam de alta complexidade, podem trazer economia quando se calcula os gastos totais com demora do diagnóstico ou prolongamento de hospitalizações”, finaliza.

22º Congresso Internacional UNIDAS

O 22º Congresso Internacional UNIDAS, que é um dos mais importantes da área e fomenta as discussões do setor, reúne diversos profissionais da área da saúde, incluindo gestores de planos de saúde, dirigentes e executivos de instituições públicas e privadas, médicos, enfermeiros, acadêmicos, formadores de opinião e prestadores de serviços. Neste ano, 800 congressistas devem acompanhar as discussões.

Informações: 22congresso.unidas.org.br

Redação

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