Nova edição da Revista da SOCESP aborda “Cardiopatia Congênita no Adulto”

São cerca de 28 mil novos casos de cardiopatia congênita por ano no Brasil, e o número vem aumentando, devido aos avanços tecnológicos na área do diagnóstico e tratamento, sobretudo nos procedimentos intervencionistas. Segundo o diretor de publicações da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP, Miguel Antonio Moretti, o aumento da expectativa de vida justifica o crescente número de pacientes que chegam à vida adulta, que necessitam de seguimento e muitas vezes de outras intervenções. “Sem mencionarmos que muitos ainda estão sujeitos a novas doenças e mais expostos a interações terapêuticas e farmacológicas. Um verdadeiro desafio aos cardiologistas pediátricos que acompanham esses pacientes até a fase adulta e aos cardiologistas de outras subespecialidades que atendem adultos com cardiopatia congênita”, completa Moretti.

O diretor de publicações lembra que o ganho de sobrevida vem aumentando ano a ano. “Em 2003 a expectativa era de 32 anos, já em 2007 subiu para 57 anos e, atualmente, é ainda maior”, destaca Moretti. As arritmias são importantes complicações do paciente adulto com cardiopatia congênita, assim como a evolução para insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar e outras desordens que necessitarão de novas terapêuticas e até mesmo de outras abordagens intervencionistas, incluindo até o transplante cardíaco.

Por toda essa complexidade, a nova edição da Revista da SOCESP está inteiramente dedicada ao assunto com oito artigos inéditos elaborados pelos mais conceituados cardiologistas que atuam na área, além de uma abordagem multidisciplinar. Outros sete artigos tratam de temas como a atividade física, fisioterapia, o panorama nutricional, questões relacionadas à saúde bucal, o papel da enfermagem e do serviço social com esses pacientes.

A publicação, que pode ser acessada no site da SOCESP, tem as professoras Ieda Jatene e Maria Angelica Binotto como coeditoras. “Elas conduziram uma atualização sobre Cardiopatia Congênita, que atende a todos os cardiologistas e suas necessidades diárias no cuidado ao paciente, desmistificando, trazendo luz e entendimentos que sem dúvida facilitarão o trabalho médico”, conclui Miguel A. Moretti.

Redação

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