Nova técnica permite restauração da altura vertebral em fraturas por osteoporose

Um novo dispositivo utilizado em procedimentos minimamente invasivos para restauração da altura vertebral em fraturas por osteoporose acaba de chegar ao Brasil. O Spinal Jack permite a realização da correção das fraturas por meio da sustentação do osso e inserção do cimento cirúrgico na região afetada de forma segura e eficaz. “O tempo de limitação do paciente é menor”, aponta o neurocirurgião Marcelo Perocco, do Hospital BP. A técnica foi realizada pela primeira vez no Brasil no dia 7 de abril, em São Paulo (SP).

Os benefícios do dispositivo são diversos: menor perda sanguínea durante o procedimento, menor exposição do paciente aos riscos da anestesia e de infecções. Perocco afirma que, com isso, o retorno às atividades cotidianas acontece de forma ainda mais rápida. “Enquanto na vertebroplastia convencional o paciente se leva de um a três meses para se recuperar, com o novo dispositivo esse tempo varia de 10 a 20 dias”, explica o neurocirurgião. Este avanço permite que pacientes profissionalmente ativos não precisem solicitar o afastamento pelo INSS, por exemplo, voltando às atividades sem necessidade de perícia.

O especialista ressalta, ainda, que a técnica pode ser utilizada até mesmo em pacientes octogenários. “Trata-se de um procedimento seguro para estes pacientes, por necessitar de um período mais curto de anestesia e possibilitar que ele volte a andar mais rápido, reduzindo o risco de tromboses e embolias”, esclarece o neurocirurgião.

A fratura osteoporótica é bastante comum, principalmente, entre mulheres acima dos 50 anos de idade diagnosticadas com osteoporose. Estimativas apontam que anualmente, 700 mil pessoas são acometidas por este tipo de fratura. No entanto, seu diagnóstico pode ocorrer de forma tardia por nem sempre ser percebida pelo paciente e relatada em consultório. “Às vezes o paciente tem a fratura, sofre o achatamento vertebral, mas não percebe, por acreditar que seja uma dor comum na coluna”, relata Dr. Marcelo Perocco.

Redação

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