FEBRASGO esclarece que exames genéticos podem ser caminho para diagnóstico precoce de câncer de mama

Outubro Rosa é uma campanha internacional que visa ao estímulo à luta contra o câncer de mama, a ação iniciou-se em 1997, nos Estados Unidos, e foi ganhando forma de conscientização acerca da importância de um diagnóstico precoce. O tumor é o segundo mais incidente em mulheres e o de maior mortalidade para elas, de acordo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Se a pessoa for diagnosticada precocemente, as chances de cura podem chegar a 95%, de acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA). O mastologista Felipe Zerwes, presidente da Comissão Especializada em Mastologia da Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo), alerta sobre a sobre alguns cuidados que podem ser tomados para prevenção da doença.

“Temos a prevenção primária do câncer de mama que foca em eliminar fatores de risco que causem a doença, se dá através de uma alimentação saudável, prática de atividade física, não fumar, não consumir bebidas em excesso, não usar terapia hormonal com estrogênio e progesterona por mais de cinco anos. Temos também a prevenção secundária, que ocorre através de exames de imagem como a mamografia, vale ressaltar que o exame não previne o aparecimento do câncer de mama, mas previne que ele seja diagnosticado numa fase mais avançada”, destaca o mastologista.

A Dra. Heloísa de Andrade Carvalho, membro da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Oncológica da FEBRASGO explica sobre os tipos de exames genéticos que avaliam a chance da pessoa ter um câncer de mama. “Temos, por exemplo, mutações nos genes BRCA1 e 2 que indicam que a mulher tem um alto risco de desenvolver um câncer não só de mama, como de ovário também. Uma vez constatada essa mutação, deve-se conversar com o médico e definir o que fazer. Pode-se simplesmente fazer um acompanhamento mais intensivo ou então partir para abordagens mais radicais como a cirurgia. Vale ressaltar que a avaliação genética é recomendada principalmente para mulheres de famílias com alta incidência de câncer ou então descendentes diretas da pessoa que teve um câncer sem histórico familiar”.

Sintomas

Os principais são nódulos palpáveis que aparecem no exame de imagem ou não, secreção pelo mamilo, dor incomum, retração na pele ou no mamilo, alterações nos exames de imagem.

Tipos de câncer de mama 

Invasivo: É um tipo de câncer de mama, que se desenvolve quando as células da mama se dividem e crescem sem seus controles normais. Ele tem a capacidade de sair da mama e ir para o sistema linfático (linfonodos) ou através do sistema sanguíneo para outros órgãos do corpo chamado metástases.

Carcinoma intraductal: O carcinoma ductal in situ, também conhecido como carcinoma intraductal, é considerado não invasivo ou câncer de mama pré-invasivo. Isso significa que as células que revestem os ductos são cancerígenas, mas não se disseminaram através das paredes dos ductos para o tecido mamário adjacente.

Tratamento

O tratamento do câncer compreende a utilização de múltiplas abordagens com o objetivo de retirar a área tumoral e impedir a proliferação celular descontrolada.

Loco-regionais: Os tratamentos loco-regionais englobam a radioterapia e a cirurgia para retirada do tumor. O procedimento cirúrgico visa tratar a mama e os linfonodos, e sempre que a cirurgia não for radical (conservando a glândula mamária) é acompanhada de radioterapia complementar.

Sistêmico: Feito para tratar “o corpo inteiro”, sendo constituído através da hormonioterapia, que é geralmente feito a base se comprimidos, da quimioterapia que é elaborada a base de terapia endovenosa.

Imunoterapia: A imunoterapia é um tratamento que busca fortalecer o sistema imunológico do paciente com câncer. A terapia é feita com medicamentos que oferecem ferramentas para o corpo perceber as células cancerígenas e combater o seu crescimento.

Autoexame 

O Dr. Felipe esclarece sobre o auto exame, “o auto exame deve ser realizado uma vez ao mês. Para as mulheres que estão menstruando, a época ideal seria uma semana após a data da menstruação, para quem não menstrua mais em qualquer data do mês. A paciente deve examinar a mama inteira com calma, a maneira mais fácil é imaginar a mama como um relógio e começar ao meio dia e palpando a parte superior até o mamilo, seguindo uma hora, duas horas e assim por diante em ambas as mamas. Qualquer alteração que ela sinta: nodulação, depressão, área mais endurecida na mama ou secreção pelo mamilo é recomendado procurar um serviço de saúde para uma orientação profissional”.

Redação

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