Paraisópolis ganha dois centros de isolamento de pessoas com Covid-19

Para proteger a população de Paraisópolis, segunda maior comunidade de São Paulo, uma ação da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e da Associação Parceiros da Educação, com apoio da União de Moradores de Paraisópolis, das Secretarias da Educação e do Desenvolvimento Social do Estado e do Serviço de Vigilância Sanitária da Prefeitura de São Paulo, transformou duas escolas públicas em centros temporários para isolamento de pessoas portadoras do novo coronavírus.

As Escolas Estaduais Maria Zilda Gamba Natel e Etelvina de Goes Marcucci foram preparadas para receber até 500 residentes, diagnosticados com Covid-19 a partir de exame RT-PCR, para que fiquem isolados, reduzindo assim as chances de transmissão do vírus em suas casas.

Os centros de isolamento não funcionam como equipamentos de saúde, mas sim como alojamento temporário de permanência voluntária. O indivíduo que procura uma UBS (Unidade Básica de Saúde) ou a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) da região com quadro gripal recebe a indicação para fazer o teste para Covid-19. Com o resultado positivo, a pessoa é convidada a se isolar nas escolas.

“A prioridade será para pessoas com maior dificuldade de isolamento ou que vivem com pessoas dos grupos de risco, como idosos”, afirma Alexandre Holthausen, diretor acadêmico de Ensino do Einstein. A medida tem como objetivo reduzir a disseminação da doença na comunidade, que tem uma das maiores densidades populacionais da cidade.

Os recursos necessários, de cerca de R﹩ 4 milhões, são provenientes de captações realizadas pela Parceiros da Educação e da doação de R﹩ 1 milhão da Fundação Samaritano. Eles serão usados para equipar as escolas com leitos, kits de higiene e oferecer alimentação às pessoas alojadas. A gestão do local e a assistência às pessoas serão feitas pela Parceiros da Educação. Já o Einstein foi responsável pela definição dos protocolos técnicos, que incluem os critérios de admissão e alta dos alojados.

Os pacientes deverão obedecer a regras de higiene, como uso de máscaras e talheres descartáveis para as refeições, além de organização do espaço de forma que contribua com o distanciamento social. A previsão é que os centros sejam mantidos pelo período de 60 dias para conter a disseminação do vírus na região.

Redação

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