Pesquisa revela que fusões e aquisições na saúde tiveram queda em 2020

De acordo com levantamento exclusivo da KPMG, o número de fusões e aquisições de hospitais e laboratórios de análises clínicas caíram 37% em 2020, se comparado ao ano anterior. Com o decréscimo de 32 operações em relação ao volume registrado em 2019 (87), o segmento realizou 55 transações no ano passado.

Segundo a análise, dentre as transações realizadas por empresas de hospitais e laboratórios de análises clínicas em 2020, 41 foram domésticas e 14 do tipo CB1, ou seja, realizadas por empresas estrangeiras que adquiriram companhias de brasileiros estabelecidos no Brasil. Diferentemente de 2019, quando o setor concretizou uma operação em que empresa brasileira adquiriu empreendimento de estrangeiro estabelecido no exterior (CB2), no ano passado não houve esse tipo de transação.

“Observamos concretamente a relevância do impacto da pandemia no setor, com a redução das transações em relação ao volume de 2019, principalmente, devido às incertezas quanto aos potenciais impactos nas operações e zelo com a manutenção dos níveis de caixa para fazer frente aos compromissos das entidades, e consequentemente, postergação de movimentos de crescimento inorgânico”, analisa o sócio-líder de infraestrutura, governo e saúde da KPMG, Leonardo Giusti.

Conforme aponta o relatório, em 2020 registraram-se 1.117 fusões e aquisições no Brasil. O número representa queda de 10% em comparação com 2019, quando se realizaram 1.231. Mesmo diante da diminuição, foi o segundo exercício com mais transações do gênero nos últimos 20 anos.

Um dos fatores que contribuíram para os resultados serem menores do que em 2019 está relacionado à queda de 29% das aquisições envolvendo empresas estrangeiras, que totalizaram 320 em 2020, ante 449 no ano anterior. Por outro lado, observou-se um pequeno aumento de 2% nas operações domésticas, que passaram de 782 para 795.

“Esse é um resultado bastante relevante quando consideramos todo o contexto econômico mundial, fortemente marcado pela pandemia, que impactou significativamente grande parte dos setores que normalmente protagonizam esse tipo de transação”, explica o sócio o sócio-líder da área de Assessoria em Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, Luis Motta.

Redação

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