PROADI-SUS usa tecnologia no treinamento de profissionais do SUS

No Brasil, a carência de tecnologias de simulação realística dá margem para que profissionais da saúde aprendam técnicas já no cotidiano da profissão. Para diminuir a probabilidade de erros, garantir a segurança do paciente e uma maior qualidade do atendimento, o Hospital Israelita Albert Einstein, por meio do PROADI-SUS, oferece aos profissionais do Sistema Único de Saúde treinamentos com a ajuda de robôs e atores profissionais.

Com a utilização de realidade virtual, robôs simuladores de pacientes, manequins estáticos e atores profissionais, o Centro de Simulação Realística (CSR) do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE), coloca profissionais do SUS em situações próximas à realidade, que permitem uma aprendizagem que integra a teoria à prática, e diminui os riscos de erro em pacientes reais.

“A Simulação Realística é uma metodologia de treinamento inovadora e ativa que dá apoio na qualificação de estudantes e profissionais de diversas áreas. Utilizando equipamentos de alta tecnologia – e replicando situações semelhantes as encontradas na vida real de um profissional, é possível treinar habilidades técnicas e comportamentais, como comunicação, tomada de decisão, raciocínio clínico, liderança e consciência situacional”, explica a gestora do Centro de Simulação, Joyce Barreto.

O CSR contempla quatro diferentes projetos, que ocorrem por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS). São realizadas simulações de procedimentos manuais, como manobras de reanimação cardiorrespiratórias e intubação oro traqueal e simulações teóricas, que abordam temas como segurança do paciente e assistência farmacêutica, por meio de situações que permitem a reflexão dos participantes, o planejamento de tratamentos e discussões clínicas.

Para medir a eficácia e o aproveitamento dos participantes, são feitos testes teóricos pré e pós curso, além de questionários de avaliação do próprio treinamento. Desde 2018, as quatro iniciativas somam quase 6 mil profissionais da saúde qualificados, em cursos de 16 horas de duração.

Otávio Gurgel, um dos médicos participantes do treinamento, conta que o curso foi essencial para conquistar confiança na execução de alguns procedimentos dentro de UTIs. “Me formei ano passado, e com a chegada da pandemia tive que assumir várias responsabilidades novas, como plantões de UTI. Eu não me sentia preparado para algumas atividades, mas as oficinas de simulação realística trouxeram discussões e avaliaram atendimentos, mostrando erros e acertos que estávamos cometendo, além de tirar diversas dúvidas.”

Covid-19

Para dar apoio ao combate à pandemia da Covid-19, as simulações também trouxeram treinamentos para o atendimento de pacientes suspeitos ou infectados pelo novo Coronavírus.

“Devido à pandemia, as simulações têm ocorrido pelo ambiente virtual e ao vivo, permitindo a interação entre os profissionais, atores e especialistas, mantendo o processo que era feito de forma presencial, mas a distância” conclui a Referência Sênior do projeto, Priscilla Cerullo.

Para o próximo ano, a iniciativa prevê que o curso seja feito de forma híbrida, permitindo treinamento inicial em ambiente virtual e as práticas de procedimentos manuais nos robôs de forma presencial, dando mais capilaridade ao alcance do projeto.

Redação

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