Problemas respiratórios começam a crescer no Hospital São Vicente de Paulo

Com a baixa umidade relativa do ar em Jundiaí (SP) e nas cidades da região, em torno de 20% nos últimos dias, a atenção com os problemas respiratórios precisam ser redobrados. Sobretudo pelo fato de ainda estarmos vivenciando a pandemia do novo Coronavírus. No Pronto Atendimento Central (PAC) do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, em Jundiaí (SP), entre os dias 1º e 14 de setembro deste ano, 277 pessoas procuraram o serviço em função de algum problema respiratório – sem relação com a Covid-19. Em 2019, neste mesmo período do ano passado – sem a ameaça da doença – foram 383.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade do ar ideal corresponde a faixa de 50 e 80%.  O médico clínico geral, Dr. Mauro Ivan Andrade, coordenador do PAC, explica que o clima seco, ar poluído e a fuligem das queimadas deixam as vias aéreas mais suscetíveis a problemas como asma, sinusite, bronquite, rinite e outros problemas crônicos.

“O ressecamento das vias aumentam os riscos de inflamação e infecção das vias aéreas, especialmente entre as crianças e idosos, desencadeando os sintomas como tosse, irritação da garganta, coriza e outros, que muitas vezes podem ser confundidos com a Covid-19, mas que já na triagem são descartados”, explica. Para evitar o problema, o médico orienta. “É essencial ingerir bastante líquido e usar soro fisiológico para hidratar as narinas”, diz.

Em casa, o bom é manter portas e janelas abertas para arejar, além de usar a velha técnica de colocar bacia com água nos quartos para melhorar a umidade. Outra dica é evitar ar condicionado e ventiladores, que contribuem para ressecamento do ar, apesar do calor dos últimos dias.

Se for possível remover cortinas e tapetes, ou escolher modelos leves e fáceis de lavar com frequência. Apesar da troca de afeto, especialmente neste tempo de distanciamento social, o ideal é manter os pets ao lado de fora da casa. “Ajuda a diminuir o risco de reações alérgicas em decorrência de pequenos fiapos, poeira e pêlos, que podem adentrar as vias aéreas”, explica.

O médico também ressalta que, apesar dos exercícios físicos serem saudáveis, é comum as pessoas sentirem um cansaço maior em decorrência deste clima. “Por isso, o ideal é se exercitar logo cedo ou só depois que o sol se pôr”, sugere.

Redação

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