Neste período em que o setor de saúde e toda a sociedade seguem vigilantes sobre os rumos da pandemia de Covid-19, e considerando que os pacientes de câncer de pulmão são um grupo de alto risco para a doença, a parceria Lung Mapping, projeto fruto da união de quatro farmacêuticas, está sendo ainda mais fortalecida em prol de um objetivo em comum: ampliar o acesso ao diagnóstico molecular de câncer de pulmão no Brasil. Lançado há dois anos, por meio de uma parceria entre AstraZeneca, Bayer, Pfizer e Roche, agora conta também com o apoio da Novartis e da Takeda, a fim de contribuir para a jornada do paciente com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) avançado subtipo não escamoso.
No Brasil, o câncer de pulmão é o terceiro mais comum em homens e o quarto em mulheres[1], além de ser a principal causa de morte por câncer no mundo[2]. Devido à alta incidência e complexidade da doença, há diversas opções de tratamento disponíveis para a patologia. Novas abordagens terapêuticas têm oferecido à classe médica e aos pacientes maior precisão no tratamento desse câncer com o advento das terapias-alvo e da imunoterapia, mas o diagnóstico ainda é um gargalo, visto que a identificação do perfil tumoral é fundamental para determinação do tratamento adequado.
A parceria disponibiliza gratuitamente exames para detectar o perfil molecular do tumor para câncer de pulmão de não pequenas células, por meio de um painel genômico abrangente, contando com prestadores de serviços de análises laboratoriais de altíssimo padrão e sensibilidade.
Para o Dr. André Abrahão, Diretor Médico da Novartis Oncologia, o projeto vai impactar de forma positiva a efetividade do tratamento da doença no país. “O câncer de pulmão é um dos tipos cujas mutações moleculares mais conhecemos, o que estimulou o movimento de toda a indústria em busca de novas alternativas terapêuticas e pela preocupação com o acesso ao diagnóstico diferencial. Quanto mais informações tivermos da doença, melhor conseguiremos tratá-la. Exatamente por isso o mapeamento é fundamental para melhorar o prognóstico e a jornada dos pacientes, que é longa e desafiadora”, explica o médico.
A rápida evolução científica no tratamento do câncer de pulmão tem sido surpreendente, e atualmente ao menos seis avaliações moleculares são consideradas essenciais. “Com o avanço da medicina de precisão e as descobertas genéticas apontando para mutações que podem ser usadas como marcadores de novas terapias, torna-se cada vez mais fundamental conhecer bem o tipo de tumor que está sendo tratado. Como forma de contribuir para a ampliação do acesso ao diagnóstico preciso, em linha com a premissa da Takeda de colocar o paciente no centro de todas as decisões, buscamos essa parceria”, explica o Diretor Executivo de Medical Affairs da Takeda no Brasil, Abner Lobão.
Exames
O perfil molecular do tumor é feito por painel genômicos abrangentes, com alta sensibilidade que contemplam genes relevantes para a conduta clínica. Esses testes proporcionam maior precisão e melhor qualidade no diagnóstico dos pacientes, facilitando a personalização do tratamento. Isso tudo em uma amostra única, ao mesmo tempo e sem custo ao paciente[3].
Como solicitar os exames
Os testes poderão ser solicitados pelas plataformas de programas de suporte ao paciente das empresas que fazem parte do Lung Mapping. Cada empresa desenvolveu uma plataforma específica que conta com infraestrutura de apoio aos programas de suporte ao paciente, compreendendo websites próprios, centrais de atendimento 0800, parceria com laboratórios, entre outros. Os programas de suporte ao paciente são Bem Estar (Novartis), ID (AstraZeneca), onTRack (Bayer)), Pfizer Alvo (Pfizer), Roche Testing (Roche) e Take Care (Takeda). Em cada um deles, os médicos cadastrados poderão fazer as solicitações dos exames de seus pacientes.
Desde 2019, o Lung Mapping já possibilitou a realização de cerca de 4.000 exames. A previsão é que mais 2.400 exames sejam realizados nos próximos meses.
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o terceiro mais incidente em homens e o quarto entre as mulheres no país1, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). No Brasil, esse tipo de câncer atingiu mais de 30 mil pessoas em 2020[4]. Estimam-se 17.760 novos casos de câncer de pulmão em homens e de 12.440 nas mulheres até o final de 2022[5].
Informações: www.inca.gov.br