SP: Saúde contrata no 1º semestre com 70% das vagas voltadas ao atendimento hospitalar

O Estado de São Paulo registrou, em junho de 2020, o contingente de 797.371 trabalhadores no setor de saúde. No acumulado de janeiro a junho 2020, foram abertos 35.238 postos de trabalho no estado, destacando-se a abertura de 20.878 vagas na atividade de “atendimento hospitalar” e de 5.791 na atividade de atenção à saúde humana.

Entre as regiões com maiores contratações, destaca-se Presidente Prudente, que tinha 6.281 vagas em dezembro 2019 passando a 7158 empregos em junho de 2020 com 14% de crescimento ; São José do Rio Preto, que passou de 29.272 vagas para 32.425 postos de trabalho em junho de 2020, com aumento de 10,8% na taxa de empregos no setor de saúde em regime CLT. Seguem as regiões de Ribeirão Preto, com 6,7% de crescimento, passando de 45.305 vagas para 48.340; o município de São Paulo com 5,4% de aumento com 6.281 empregos para 7.158; a região de Sorocaba passou de 30.542 para 32.135 empregos com variação de 5,2% positiva; a região do ABC  evoluiu de 37.150 postos para 39.050 com 5,1% de evolução. Bauru passou de 51.529 vagas para 52.984 com 2,8% de aumento; Santos de 22.140 empregos para 22.505 com 2,16% de crescimento; Campinas evoluiu de 68.350 postos para 69.488 com 1,7% de variação enquanto São José dos Campos passou de 34.010 vagas para 34.552 com crescimento de 1,6%.

O crescimento do emprego no país 

Foram criadas 92.962 vagas nas atividades do setor de hospitais, clínicas e laboratórios no Brasil, no último semestre, totalizando o contingente de 2.412.193 trabalhadores segundo o Boletim Econômico da FEHOESP – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, que avaliou dados do CAGED do Ministério do Trabalho.

Somam-se a estes profissionais em sistema CLT, cerca de 5 milhões de colaboradores indiretos que o segmento contrata no Brasil.

Entre as atividades, destaca-se a criação de 68.982 postos de trabalho na atividade “atendimento hospitalar” e também a geração de 16.867 vagas na “atividade de atenção à saúde humana”, que inclui práticas integrativas e complementares em saúde humana, no período em questão, em relação a dezembro de 2019.

No entanto, segundo o presidente da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr,tais números devem ser analisados com a máxima cautela. Nesse período da pandemia, os hospitais viveram e vivem momentos muito distintos de suas realidades. Enquanto uns contrataram por causa da Covid-19, outros passaram e passam ainda momentos de extrema ociosidade e hoje atravessam grandes dificuldades para cumprir seus compromissos. Por outro lado, muitos pacientes deixaram de fazer ou mesmo continuar seus tratamentos o que deixa essa volta à normalidade uma verdadeira incógnita.

Reforma tributária pode arrasar o setor trazendo desemprego

“Os grandes heróis da pandemia podem ficar desempregados”, destaca o presidente do SINDHOSP – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, Francisco Balestrin. Para ele, a reforma tributária do governo, que está em debate no Congresso Nacional, traz a unificação PIS/COFINS, criando o CBS, um imposto único que para o setor saúde representa um aumento de 70% no valor do imposto. “Nosso maior custo, cerca de 45%, é com a mão de obra. Não temos como gerar créditos para abatimento tributário e a consequência imediata será o desemprego, o aumento de custos dos serviços e planos de saúde, a migração de pessoas para o SUS impactando o orçamento público e a diminuição dos investimentos privados em saúde, já que a iniciativa privada responde hoje por 55% dos investimentos em saúde enquanto o setor público aplica apenas 45%”, revela.

Pandemia levou a criação de 40 mil leitos no país

No mesmo semestre foram criados 32.568 novos leitos no sistema SUS e 8.307 no sistema não SUS em todo o Brasil. Nesse contexto se destaca a criação, no SUS, de 8.517 leitos de UTI adulto II e 247 leitos de UTI pediátrica, ambos para Covid-19.

Quanto aos leitos não SUS no país (privados e beneficentes) destacam-se 10.600 novos leitos de UTI adulto II e 461 de UTI pediátrica, ambos para o tratamento da Covid-19.

No Estado de São Paulo, para o atendimento do sistema SUS, em junho de 2020, foram contabilizados 67.572 leitos, o que representou a abertura de 7.773 leitos, se comparados com dezembro de 2019, destacando-se a criação de 2.052 leitos de UTI adulto II para o combate da pandemia da Covid-19. Para o atendimento do sistema não SUS, no mesmo Estado, também em junho de 2020, foram contabilizados 48.640 leitos, representando a abertura de 2.601 em relação a dezembro de 2019, entre realocações de leitos complementares e 2.943 novos UTI adulto II para assistência à Covid-19.

Redação

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