Febre persistente por mais de três dias acompanhada de um conjunto de sintomas, principalmente, manchas vermelhas pelo corpo, conjuntivite, diarreia, vômito ou dor abdominal de forte intensidade. Podem ocorrer comprometimentos múltiplos do coração, levando a quadros graves.
Os sintomas acima estão relacionados à Síndrome Inflamatória Multissistêmica, descrita pela primeira vez em abril de 2020, na Itália, e que logo se espalhou pelo mundo. Ela é causada pelo vírus da Covid-19.
“A criança se infecta com o vírus da Covid-19 e, na grande maioria das vezes, ela fica assintomática. Após 15 a 30 dias ocorre uma resposta inflamatória sistêmica significativa, que caracteriza a Síndrome”, explica a Dra. Flávia Jacqueline Almeida, infectopediatra da Santa Casa de São Paulo e do Hospital Infantil Sabará.
A Síndrome Inflamatória Multissistêmica é rara em adultos, mas foram descritos casos em adultos jovens. Na Covid-19 aguda, a criança, em grande parte das vezes, é assintomática ou apresenta apenas sintomas leves, principalmente febre ou diarreia ou sintomas respiratórios leves. E quadros graves são extremamente raros.
Na Síndrome, os sintomas são muito mais intensos, raramente observam-se sintomas respiratórios, a febre é alta e persistente e os quadros podem ser muitos graves, com necessidade de internação em UTI. “Diante de uma criança com os sintomas, neste momento de pandemia, o pediatra deve sempre pensar na síndrome, pois o tratamento precoce pode evitar a evolução para quadros graves”, alerta Dra. Flávia.
Síndrome Inflamatória Multissistêmica faz parte da grade do 48º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, que acontece entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, no formato online. O evento é realizado pela ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e contará com diversos especialistas internacionais e renomados especialistas brasileiros.
Inscrições: congressoalergia2021.com.br/inscricoes
