Sociedade Brasileira de Cancerologia adere ao laranja para alertar sobre a prevenção do câncer de pele

A Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC) lança campanha pública de combate e prevenção ao câncer, que deve atingir este ano 600 mil pessoas no país, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A campanha está sendo veiculada pela TV Minuto do Metrô de São Paulo e entra nas próximas semanas em várias redes de televisão.

Neste dezembro laranja, a SBC faz um alerta especial para o câncer de maior incidência no Brasil, o câncer de pele, que representa 30% de todos os tumores malignos no Brasil. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é de 165.580 novos casos de câncer de pele não melanoma. A estatística indica uma redução de 10 mil casos de um biênio para outro. E a informação nova é a de que a doença tem maior incidência em homens (85.170) do que mulheres (80.410) ainda segundo o INCA.

Segundo Ricardo Antunes, presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, o câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e conforme suas características histológicas, são definidos os diferentes tipos de câncer. O tipo mais comum, o não melanoma, tem letalidade baixa e pode ser curado facilmente se detectado de forma precoce, mas o número de casos é alarmante. Por isso, é tão importante fazer visitas regulares a um médico especializado, caso perceba que há lesões que não cicatrizam ou com sinais suspeitos. O tipo mais agressivo, raro e letal é o melanoma.

A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou uso de câmaras de bronzeamento. Pessoas que têm histórico familiar da doença possuem alto grau de exposição celular ou têm a pele muito clara também estão mais suscetíveis ao surgimento da doença.

“O câncer do tipo não melanoma apresenta altos percentuais de cura se for detectado precocemente, por isso tem a taxa de mortalidade mais baixa. Cirurgias simples podem remover o tumor, mas em alguns casos, pode ser necessária a realização de radioterapia ou quimioterapia”, informa o presidente da SBC.

Diagnóstico e tratamento

O câncer da pele pode se assemelhar a úlceras, pintas, eczemas ou outras lesões benignas e somente o médico especializado pode detectar o câncer por meio de exames.

Todos os casos de câncer de pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, além de causar sofrimento aos pacientes se não for tratado.

Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não melanoma, que variam de acordo com o tipo e extensão da doença.

Para a Sociedade Brasileira de Cancerologia, os números alarmantes do câncer no país decorrem da falha nas políticas públicas de prevenção e tratamento, baixa aplicação de recursos para o setor de câncer e deficiência na parceria público-privada de saúde.

Redação

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