Superação: enfermeiras da diálise vencem o medo em prol da vida

Saber escutar, perceber, compreender, identificar as necessidades, manifestar empatia, para então planejar as ações de cuidados de saúde de forma articulada, sistematizada e humanizada. Esse é o dia a dia das enfermeiras, mas no último ano, da pior pandemia que enfrentamos, o trabalho foi muito além.

Nessa semana da Enfermagem, a Fresenius Medical Care reúne depoimentos de enfermeiros de diversos estados do Brasil, que atuaram na linha de frente de Covid, como forma de mostrar o quão grande são esses profissionais que fazem da missão de salvar a vida alheia, o propósito de suas vidas.

“Eles mantiveram os cuidados de pacientes que faziam hemodiálise em clínicas, um tratamento que não pode jamais ser interrompido, em hospitais, onde a demanda pelo serviço em UTIS foi a maior de todos os tempos com o Coronavirus levando à falência súbita dos rins de até 50% dos internados, além dos profissionais que acompanharam pacientes em suas casas, para realizar diálise domiciliar. São relatos de amor, medo, angústia, força, mas acima de tudo de coragem e fé. Nossas equipes lutaram muito pela vida e são um grande orgulho para todos que precisaram delas”, diz a médica nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care.

“A enfermagem está presente no dia a dia dos pacientes, cuidando, proporcionando tratamento de alta qualidade. Fazemos a diferença na vida do paciente, podendo mudar o rumo de sua história, com muita dedicação, cuidado e amor! Celebramos nosso dia com muito orgulho”, enfatiza a Gerente Nacional de Enfermagem da FME, Regina Alves.

Enfermeira Simone Novaes – enfermeira de diversas clínicas da Fresenius Medical Care, no Rio de Janeiro

“A pandemia foi muito difícil para os profissionais de saúde. Superamos nossos limites físicos e mentais em todo o tempo, e foi graças a nossa solidariedade em distribuir palavras de conforto e momentos de carinho e descontração, que superamos tudo isso. Até mesmo momentos de leituras nós tivemos em nossa unidade. Tivemos que vencer o medo do transporte público, a tristeza de ver amigos infectados, entre outros obstáculos, mas realizamos o melhor em cada clínica, agradecendo sempre a Deus por cumprir com o nosso trabalho e nos trazer pessoas especiais para cuidar em cada uma das clínicas”, relata.

Cristiane Cavalcante – enfermeira chefe da clínica Fresenius Jardim, em São Paulo

“Foi o ano dos maiores desafios enfrentados pelas equipes de enfermagem, num cenário que já costuma ser mais delicado. Tivemos dificuldade em fazer os pacientes irem a uma unidade básica de saúde para fazer a vacinação de hepatite B. Foi então que buscamos junto a estas unidades a possibilidade de as vacinas serem aplicadas dentro da clínica de hemodiálise. E a ideia foi um sucesso. Vieram outras vacinas como a de gripe e pneumonia. Foi algo muito positivo para os pacientes ter esse conforto e segurança e também muito bom para os nossos índices de qualidade”.

Diana Cristina Didier, enfermeira da Nefroclínica, em Recife, Pernambuco

“A enfermagem sempre enfrentou muitos desafios e a superação nos trouxe muitos aprendizados. Mesmo vivendo dias intermináveis em situações nunca antes vividas, nos mantivemos ali fortes e levando esperança para os pacientes. Mais do que nunca demonstramos como somos essenciais para o conforto, confiança e a cura das pessoas. Que permaneçamos confiantes rumo à vitória e que se solidifiquem ainda mais em nossos corações, a confiança, a fé e a esperança”.

Endie Gomes, enfermeira da Fresenius Savassi, em Belo Horizonte

No início da pandemia, a situação ficou um pouco mais complicada porque não conhecíamos a doença, todo mundo ficou muito ansioso e preocupado, até para sair de casa, pegar ônibus. Esta fase foi muito difícil, viver com a angústia da falta de informação é difícil. A partir de outubro, as coisas melhoraram, mas em janeiro tudo piorou novamente. Perdemos paciente e é terrível para nós. Todo paciente quando vai embora leva um pedaço da gente e agora sou enfermeira com vários pedaços faltando e isso é muito dolorido. Continuo na luta pedindo pelos cuidados. Eu higienizo as mãos deles quando chegam na clínica, troco suas máscaras e sempre lhes apoio dizendo que isso vai passar. Infelizmente não posso abraçar e beijar e eu amo acolher. Dou abraços de amor. Nossa missão é cuidar do físico e do emocional e dizer estou aqui. Tenho feito isso como posso, sem tocar neles”, declara.

Anne Meira, enfermeira de serviços hospitalares em Belo Horizonte

“Passamos por diversas mudanças, novas rotinas foram incorporadas, e as equipes passaram a se adaptar às novas estruturas físicas e novas formas de atendimento dentro dos hospitais. O maior desafio foi conseguir manter a parte emocional estabilizada. Todo mundo com muito medo e angústia. Tivemos jogo de cintura para harmonizar as situações e confortar as equipes, passando segurança e otimismo de que tudo vai passar”.

Redação

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